segunda-feira, 25 de julho de 2016

Central divino de atendimento - Secção Irmandade dos Anjos.
Humor sobre serviço de atendimento de reclamações do Banco Central -
Ref - reclamação contra Banco Itaú/BMG, empréstimo consignado.

Depois de insistentes demandas junto ao Itaú BMG sem receber solução resolvi, como última instância recorrer ao Banco Central.
Primeiro contato - dia 26/05 parte da tarde atendente Andrea. Fiquei muito bem impressionado pelo respeito e consideração com que fui tratado. Fui informado tambem que o Banco Central faria contato com o Itaú BMG e eu teria que esperar 10 dias para uma resposta.
Passados 8 dias aproximadamente, recebi, por mensagem no celular que o meu processo havia chegado ao fim e pedindo que eu entrasse em contato via tal número de telefone.
Obedecendo a esta informação liguei para o número indicado (ItaúBMG) e para minha surpresa ninguem sabia nada a respeito. Insisti e como continuava sem solução procurei saber como entrar em contato com a ouvidoria. A ouvidoria desse banco é uma piada de mau gosto - não escuta ninguem e muito menos é possível falar com qualquer responsável. Sendo assim, não tive outra alternativa se não ligar de novo para o Banco Central.
Portanto aqui vai o relato desse telefonema:
Segundo contato - referente à mesma reclamação - dia 02/06 parte da tarde, atendente Rogério.
Quero deixar evidente, e isso pode ser comprovado, pois a ligação foi gravada, que logo de início eu pedia desculpas por importunar esta instituição com os meus problemas.
O atendente, muito distante e desinteressado me ouviu até um certo ponto e depois me recreminou dizendo que eu estava errado ao responder ao chamado do ItaúBMG e portanto manter conversações orais, e que o Banco Central só se sensibilizaria se eu tivesse recebido explicações escritas via correio.
Confesso que me irritei um pouco com esta nova informação - me pareceu que o atendente estava me "empurrando com a barriga" e exercendo um verdadeiro ato de "tira da bundismo" explícito.
Tentei em vão argumentar, de novo, o ocorrido e no auge da emoção argumentei que aquele banco (sempre me referindo ao ItaúBMG) tinha uma ouvidoria de "merda".
Nesse momento o Rogério se ouriçou todo dizendo que eu o estava ofendendo e que não estava ali para ouvir desaforos. Com todo o respeito, dou minha palavra, que em momento algum pensei em ofende-lo.
Expliquei isso a ele e entendi que era inútil continuar argumentando - "da onde menos se espera... daí que não sai nada mesmo".
Analisando o motivo dessa  irreal falta de compostura, cheguei a pensar que inadvertivamente e por um desses acasos místicos eu errei o número do Banco Central e a ligação caiu na Central Divina de Reclamações - Secção Irmandade dos anjos - e fui atendido por um Querubim muito sensível e pudico, que não concorda com termos como "merda", esse inofensivo e mais que usual e cotidiana exclamação de contrariedade.
Um exemplo típico é a piada conhecida que narra o momento que o próprio São Pedro montado numa nuvem à porta do céu gritou advertindo a alma sem pecados de uma senhora que subia vertiginosamente em sua direção, em alta velocidade, condizente com a sua pureza angelical, exclamou:
"---Fala merda, pelo menos, si não voce vai entrar em órbita"..
Portanto, convenhamos esta palavra já não ofende ninguem, a não ser o nosso Querubim.
Para terminar informo que contrariando as afirmações do Rogerio, o correio ainda não me entregou nenhuma carta informando, por escrito, a solução do meu problema.

sábado, 23 de julho de 2016

voltando no tempo para configurar melhor o que vou escrever em seguida:
No dia 11/04/2016 realizou-se uma manifestação de intelectuais e artistas a favor do "bom senso"(a mercadoria mais cara do mundo) em defesa da Democracia, contra o golpe.
A propósito lembro que um dos participantes - Chico Buarque de Holanda - foi vítima de uma agressão proporcionada por energúmenos microcéfalos - fascistas, ignorantes políticos.
Acredito que este fato, ao contrário do que se esperava, provocou uma enorme,  maravilhosa e regeneradora reação de nacionalismo, democracia e respeito por esse nosso "paisão" (como diria Darci Ribeiro). Sim este Brasil altivo cujos filhos o respeitam e lutam para que não desista de sua cruzada na busca, sem treguas da igualdade social e de sua procura, às vezes utópica de sedimentar cada vez mais fundo o aprimoramento do "Ser Humano".
Chico, nosso autor maior é um músico e poeta . Pra consubstanciar a importância da música reproduzo abaixo texto do José Miguel Wisnik sobre a filosofia da música:
"Ela nos indica como a  forma musical visa a resolver questões ligadas à relação entre o pensamento e a natureza, a determinação ao estatuto do acaso e da necessidade aos modos de intuição do tempo, entre outros. Como se a filosofia nos lembrasse que a razão sempre encontra na música traços de um caminho que ela mesma construiu".
Chico, sem dúvida, segue essa linha e bastou essa agressão para que, inesperadamente suas músicas voltassem a ser ouvidas e interpretadas como um grito pungente e esperançoso, gerado do fundo da alma de uma massa crítica que quer de volta o Brasil real e seu enorme potencial para crescer e principalmente quer de volta o seu otimismo e a alegria do seu povo.
Dentre as músicas que voltaram a ser lembradas destaca-se uma que reputo emblemática - "Vai Passar". È o novo hino nacional, com todos cantando o seu refrão apropriado para a ocasião - "Vai Passar".
Vai passar o pessimismo, a grita das elites fascistas, das bandeiras pró volta dos militares, o culto a Bolssonaros. Frotas, Loboês e outros idiotas(os idiotas e as baratas são pragas incuráveis).
O Vai Passar contem metaforicamente, nessa versão cantada pelo Chico um sentimento de esperança e otimismo, apostando na volta de um Brasil solidário e unido.
Atrás do interprete ouve-se um batuque apoteótico e agressivo somado a um coro de mulheres que canta com voluntarismo e emoção. Cantam com uma garra e uma vontade avassaladora, própria de quem, cansado de tantas injustiças e convivendo mal com a hipocresia e o mau caratismo dessa plutocracia desonesta, pusilâmine e burra ( tem a cabeça tão vazia que não cabe mais nada dentro), exalta sua indignação nessas letras formidáveis do velho Chico Buarque.
Um coro cujo som sai do fundo do coração, misto de convicção, raiva, rebeldia, inconformismo contra aqueles que não tem olhos de ver.
Vai Passar me fez sair do estupor desse verdadeiro massacre (mídia, oposição) contra o governo transportando-me para a euforia e o otimismo que seguramente todo brasileiro almeja.