segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Causos Corporativos

"O vender como objetivo primordial".
Empresa espanhola recém chegada ao Brasil, fabricante de produtos de alta qualidade, buscando a estratégia correta para atingir um mercado ainda carente de produtos importados.
Foi a época em que |Fernando Collor finalmente abriu as portas do mercado brasileiro ao exterior.
Tinha e acredito que ainda tem enorme prestígio e seu nome é referenciado como "top de linha" em todo o mundo.
Promove anualmente nas suas fábricas na Espanha (região de Valencia) suas próprias feiras de promoção de novos produtos, onde recebe em casa a totalidade de seus clientes, bem como seus convidados - todos ligados no mesmo mercado.
Era uma festa maravilhosa e tambem muito produtiva. Show Rooms extremamente sofisticados apresentavam suas novas coleções e imediatamente eram coletados as respectivas ordens de compra.
Todos, absolutamente todos, desde o presidente até a recepcionista estavam ali para vender - sem eufemismos ou "não me toques".
Servia em média 2000 refeições/dia e possuía 2 bares, atendendo desde o café da manhã até o happy hour.
Agora em exemplo de como o espírito vendedor se concretiza como conceito irrefutável, evidenciando a autonomia de cada funcionário.
Cena - um dos bares:
Cliente brasileiro acabava de contratar um excelente pedido de compra.
Foi convidado, para brindar e comemorar esse início de parceria, em um dos bares.
Era um apreciador de conhaques e trazia consigo uma lista de nomes de marcas que estava interessado em comprar..
Pediu então ao barman que desse sua opinião e o orientasse para que de fato adquirisse o melhor.
O barman analisou a lista e disse-lhe que todos ali eram marcas de ponta, mas que infelizmente não mencionava o nome daquele que efetivamente ostentava o título do melhor entre os melhores.
Era um conhaque raro e de procedência nobre, portanto muito caro.
O nosso cliente imediatamente perguntou onde encontrar tal raridade. O barman se afastou por um momento e voltou com uma garrafa fechada daquele conhaque.
Abriu e serviu uma dose. Ao provar demonstrou grande admiração e aprovação entusiasmada.
No mesmo instante o barman fechou a garrafa e entregou ao cliente dizendo:
--- È seu, com nossos comprimentos.
Nota-se aí que o presente foi dado de imediato, sem pedir autorização de ninguém.
Autonomia visando o sucesso nos negócios

domingo, 2 de setembro de 2012

Causos Corporativos

Empresas - suas histórias...
Duas casas coligadas, situadas em avenida tradicional de São Paulo.
Ali se concentrava os escritórios de vendas de várias divisões que compunham o grupo de uma Multinacional.
È possível imaginar a agitação e o vozerio quando, à tarde, todos esses profissionais de venda se encontravam.
Era a hora da prestação de contas sobre os resultados daquele dia de trabalho, mas era tambem o momento de descontração, de piadas, de riso, caracteristicas próprias dos vendedores.
Ao se encontrarem na sala de café, exteriorizavam com espírito suas experiências do dia, o que gerava, via de regra, um intercâmbio salutar e proveitoso.
Após o expediente normal, quando os funcionários administrativos saiam, os trabalhos de vendas continuavam (reuniões, pedidos, solicitações à fábrica etc.).
Nesse momento apareciam figuras curiosas e surpreendentes, a provar quão liberal e provocador era esse ambiente.
Amigos e fornecedores de alguem da casa surgiam de repente - o vendedor de bilhete de loteria ("o paisano"), com sua simplicidade, negociando, cobrando dívidas anteriores, explicando porque ainda não tinha vendido uma sorte grande, enfim uma "figuraça" que se tornou muito querido.
Nessa hora, à noite, já sem serviços de copa, era o paisano quem lavava a louça e fazia o café.
Em outros dias recebíamos a visita do fabricante de gravatas e tambem do alfaiate, o Salomão, judeu, que permitia a compra dos ternos em "várias e modestas prestações".
Enfim trabalhava-se muito, mas era tambem muito divertido.
As fábricas, bem como a diretoria executiva da empresa estavam situadas no interior do Estado, mas o presidente na época, louve-se, era um ouvinte atento e compreensivo. Ao mesmo tempo era um fervoroso incentivador desses devaneios heterodoxos e tão produtivos do Departamento de Vendas.