domingo, 2 de setembro de 2012

Causos Corporativos

Empresas - suas histórias...
Duas casas coligadas, situadas em avenida tradicional de São Paulo.
Ali se concentrava os escritórios de vendas de várias divisões que compunham o grupo de uma Multinacional.
È possível imaginar a agitação e o vozerio quando, à tarde, todos esses profissionais de venda se encontravam.
Era a hora da prestação de contas sobre os resultados daquele dia de trabalho, mas era tambem o momento de descontração, de piadas, de riso, caracteristicas próprias dos vendedores.
Ao se encontrarem na sala de café, exteriorizavam com espírito suas experiências do dia, o que gerava, via de regra, um intercâmbio salutar e proveitoso.
Após o expediente normal, quando os funcionários administrativos saiam, os trabalhos de vendas continuavam (reuniões, pedidos, solicitações à fábrica etc.).
Nesse momento apareciam figuras curiosas e surpreendentes, a provar quão liberal e provocador era esse ambiente.
Amigos e fornecedores de alguem da casa surgiam de repente - o vendedor de bilhete de loteria ("o paisano"), com sua simplicidade, negociando, cobrando dívidas anteriores, explicando porque ainda não tinha vendido uma sorte grande, enfim uma "figuraça" que se tornou muito querido.
Nessa hora, à noite, já sem serviços de copa, era o paisano quem lavava a louça e fazia o café.
Em outros dias recebíamos a visita do fabricante de gravatas e tambem do alfaiate, o Salomão, judeu, que permitia a compra dos ternos em "várias e modestas prestações".
Enfim trabalhava-se muito, mas era tambem muito divertido.
As fábricas, bem como a diretoria executiva da empresa estavam situadas no interior do Estado, mas o presidente na época, louve-se, era um ouvinte atento e compreensivo. Ao mesmo tempo era um fervoroso incentivador desses devaneios heterodoxos e tão produtivos do Departamento de Vendas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário