terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Midia corporativa

Então para poder obter informações corretas e confiáveis e não distorcidas pela desonestidade da midia comprometida com interesses empresariais e políticos, existe hoje a Globosfera.
Ali se exercita a livre opinião de milhares de blogs que se opõem sistematicamente contra as mentiras e grosserias dos "jornalões" e da Globo.
Agora, inclusive com o inicio da Confecon vislumbra-se um horizonte de otimismo quanto ao destino futuro que a sociedade dará aos desmandos dessa midia vassala e orientada para a alavancagem política de um certo candidato a presidencia.
Em passado recente enviei um email para um articulista da Folha reclamando que ele como formador de opinião não tomava uma atitude mais corajosa e objetiva vizando arregimentar a sociedade para reclamar os seus direitos. Quanta ingenuidade minha, mandar uma comunicação para justamente um daqueles que pregam o saudosismo de um governo como o de FHC.
Ele me respondeu dizendo que era necessário nós, o povo, tirar a bunda da cadeira e ir à luta.
Pois bem, no último dia 05/12 tirei a bunda da cadeira e fui junto com mais de 100 pessoas, respondendo a uma convocação orientada pelo blog do Eduardo Guimarães, protestar contra à Folha, diretamente na frente da sua sede.
Foi um desabafo, uma verdadeira catarse a resgatar a nossa dignidade e a nossa cidadania.
Portanto, a partir de agora pretendo participar ativamente de movimentos que tenham carater cívico e que promova a reintegração de agendas voltadas para o bem estar do nosso povo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Política

Por mais que esse blog caminhe para um compromentimento com assuntos relacionados com problemas empresariais, é forçoso reconhecer que a política exerce enorme fascínio e é um chamativo poderoso, quando se apresenta cheia de nuançes e particularidades próprias do atual estágio do Brasil de hoje.
A política está em todo o lugar, não fosse ela uma relação de poder.
Por falar em poder hoje o chamado "quarto poder" ou seja, a Mídia, se transformou e não exerce mais suas funções precípuas, ou seja, transmitir informações e comunicação de forma equânime, ponderada e isenta de malícias e subterfúgios.
Vemos hoje uma Mídia comprometida com campanha de candidato á presidencia da república e por outro lado agindo de forma desonesta ao julgar o governo atual.
A esse conjunto, resolveu-se denominar de Jornalões.
Soma-se a eles a revista Veja e TV Globo.
Resta-nos buscar publicações alternativas para ficar minimamente informados.

domingo, 29 de novembro de 2009

Atualização

Muitas idas e vindas nesse blog.
Lá no inicio mostrava que o meu interesse era homogenizar dois assuntos aparentemente díspares - Problemas empresariais e Gastronomia. Tentava mostrar que era possível alinhavar conceitos e aproximar analogias formando um mosaico de novas perspectivas totalmente impensadas à princípio.
Andei algum tempo nesse caminho.
Com o passar do tempo entendi que deveria me concentrar em comentar assuntos mais ligados à minha experiência profissional para os quais eu tivesse contribuição concreta.
Portanto era minha intenção analisar, comentar, contribuir, sugerir, fortalecer o mercado para o qual trabalhei nos últimos 15 anos - o Mercado de Material de Construção/Construção Civil.
Entendi tambem que para isso era necessário encontrar interlecutores interessados - fossem eles da Industria do Comercio, das Associações de classe etc.
Alguns contatos foram efetuados e é aí que a decepção se tornou realidade. O pouco caso manifestado por alguns executivos do mercado me deixaram decepcionado.
Arrogância, desprezo, falta de compreensão, assim voce é tratado normalmente.
Para resumir o blog então vai continuar expondo seus pontos de vista de forma teórica, ou seja, sem interagir diretamente com o mercado - o que é uma pena - haja vista que só lá no "olho do furacão" é que se absorve e compreende os reias problemas de qualquer mercado.
Só lá no convívio com os verdadeiros anseios, desejos,indiossincrasias do mercado é que se poderia compor possíveis novos cenários a nortear estratégias inovadoras.
De qualquer maneira não vou deixar de me manisfestar. Volto tambem a postar, como no início assuntos relacionados à empresas e a gastronomia.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mercado de Material de Construção

Mercado ainda embrionário, atuando sob regras e estratégias já ultrapassadas. Age atendendo a estímulos de certezas esclerozadas e repete ações condicionantes de inércia.
Oferece pouco e portanto é pouco exigido, ficando na sombra, a se esconder, na defensiva, contentando-se em ser coadjuvante no competitivo minueto da alavancagem e maximização da própria imagem.
Descriminado, com síndrome de "patinho feio", não consegue mostrar o seu verdadeiro potencial.
Não existe ainda movimento que sinalize atitudes vizando o seu engrandecimento a configurar a formação de um real "espírito de corpo".
A infinidade de atores que o compõem parecem desinteressados e acomodados com essa situação, sinalizando, que de uma certa forma, tambem , lá no fundo, concordam com essa descriminação.
Há uma distancia e um certo antagonismo entre Industria e Comercio. O s dois setores sentem-se insatisfeitos e relutantes em se aproximar "veradadeiramente" e discutir soluções.
Seus interlocutores - associacões de classe, sindicatos, etc. - extremamente proliferados e maxifacetados, cada um procurando seus próprios interesses, não conseguem ter credibilidade e portanto não são confiáveis para interagir e reenvidicar colaboração e compreensão seja do governo seja da sociedade.
Não compreenderam ainda que hoje temos um conhecimento difuso pairando sobre nós, que é muito mais verdadeiro e elucidador, esperando por ser captado. Esse conhecimento é fundamental, porem requer sensibilidade e muita intuição daqueles que se propõem a desvenda-lo.
Os nossos sensores normais e cotidianos estão longe de entende-los, bem como, não podemos ter acesso a ele pelas vias às quais nos acostumamos a sentir a sociedade, isto é, a imprensa, a midia, partidos políticos ou a academia.
Bem como é preciso mensurar o atual potencial do mercado com a entrada de novos e ainda inexplorados consumidores provindos das classes E, D e C os quais tornam-se uma grata surpresa e ao mesmo tempo requer novas e inovadoras posturas para satisfaze-lo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O Estilo Tardio

On Late Style - trata-se de um livro postumo de Edward Said e retoma algumas idéias de Theodor Adorno para analisar o momento na obra de artistas como Beethoven, Jean Genet e Thomas Mann, entre outros, quando a proximidade (ou a consciência mais aguda) da morte permitiria abandonar as convenções do seu tempo para criar uma arte dificil, radical e irregular. A idade avançada não como acomodação ou pacificação, mas como radicalização do irreconciliável.
" O estilo tardio é o que acontece quando a arte não abdica dos seus direitos em favor da realidade" escreve Said. E cita Adorno: "Na história da arte as obras tardias são as catastrofes".
"Tardio" é o que chega por ultimo, mas tambem o avançado e o mais recente. Pelos dois pontos de vista, o sentido é de extemporaneidade, em descompasso com o seu tempo, em desacordo com o presente.
Assim os últimos trabalhos de Beethoven, à época obscuros e irreconciliáveis, na verdade anunciavam a modernidade na música.
"O estado tardio é um tipo de exilio auto-imposto em relação ao que é geralmente aceitável. Ser tardio significaria, portanto, chegar atrazado para (e recusar) as recompensas que lhe são oferecidas por sua adequação à sociedade, o que inclui ser lido e facilmente compreendido por um grande número de pessoas".
Adorno é precisamente uma figura tardia, porque muito da sua obra militava ferozmente contra o seu próprio tempo.
E nisso sobressai a exaltação do artista e do indivíduo que, aquem ou alem do presente, resiste às identidades que lhe são impostas pelos que o cercam.
Tenho a impressão que é este sentimento que tiraniza e ao mesmo tempo consola àqueles, como eu, que já ultrapassaram a barreira dos sessenta anos de vida.
Nem de longe pensar em se ombrear com Adorno ou com os artistas consagrados citados acima.
Simplesmente entender que temos sim dentro de nós esse "estilo tardio" a configurar ensinamentos obtidos por toda uma vida. Hoje estas qualidades não são reconhecidas, e profissional que ultrapassou determinada idade é, via de regra, excluido.
Mas continuo acreditando que posso ser útil de alguma forma, e para tanto imaginei fazer desse blog algo mais que um simples passatempo ou um "jogar conversa fora" inconsequente, sobretudo quando esse país atravessa essa nova e maravilhosa fase de transformação.
Seria covardia ou um exercício de "tiradabundismo" não próprio para quem durante a vida sempre pregou a ousadia e a criatividade.
Portanto pretendo daqui para a frente exercer o meu "estilo tardio" tratando de assuntos relativos à minha experiência profissional.
Fui, e ainda sou um profissional da área vendas/marketing.
Trabalhei junto a vários mercados, mas é evidente que com alguns deles aprendi mais e, por que não dizer, me influenciaram mais fortemente.
Portanto entendi que era hora de especializar esse blog e a partir de agora vamos tratar de primeiro aprender, fazer uma reciclagem, assimilar novos conceitos e depois tratar de contribuir agindo como um veículo dos anseios dos vários atores que compõem esse vasto e generoso MERCADO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO!!!!!!!!!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Consultoria de Recursos Humanos-Head Hunters

Continua...

Seria conveniente admitir que estas empresas, na verdade, não fazem uma consultoria, pois se assim o fizessem, isto implicaria em um trabalho mais detalhado e mais próximo do cliente, absorvendo de fato todos os indicativos da cultura da empresa e sobretudo o que isso significa, para formar de fato e com precisão o perfil do profissional a ser indicado.
Ao contrário e de maneira passiva, aceitam como válida as qualificações e requisitos(perfil) impostos pelo cliente.
È evidente que não se pode generalizar. Existem empresas nesse setor da mais alta qualidade e que de fato dignificam o trabalho que fazem.
Mas infelizmente a grande maioria transigem e algumas vezes compactuam com ambições veladas e não confessadas de quem os contrata, procurando identificar um profissional "esperto", "vivo", ou seja, que traga vantagens para as empresas (bancos inclisive), utilizando o seu potencial criativo, digamos enganador.
Que atue no limite da irresponsabilidade ou, é triste dize-lo, transigindo com a ética, usando métodos aceitos, mas pouco recomendáveis - isso entende-se lendo-se as entrelinhas.
Na outra mão exige e faz questão absoluta que esse profissional seja extremamente honesto com ele. È dificil de entender.
De uma certa forma está ligado tambem a essa nova geração de executivos (com ênfase para CEOs) que apareceu na onda da globalização. Esse novo tipo de executivo opera com kits de apresentação, curriculos vitaminados e maquiados, ligados com publicitários que tem a função de lhes levantar a bola na midia, para mais na frente colher verbas de propaganda. Fortes links com promotores de eventos que lhes levantam o nome, na mesma linha de uma modelo, um jogador de futebol ou um cantor.
Deixando essa reflexões de lado, vamos espairecer um pouco e abordar uma piada que se contava quando ainda tínhamos a figura do "Gerubal Pascoal chefe do pessoal", anterior ao advento do Departamento de RH. Conheci um que de tão discreto e cauteloso, ao preparar a folha de pagamento, protegia-a e a virava ao contrário sempre que atendia a um chamado telefônico.
Alguem já disse e é verdade - a inteligência é uma coisa maravilhosa. Está sempre conosco desde a hora que acordamos, e só se afasta de nós quando chegamos ao nosso escritório.
Mas vamos à piada.
Conta-se que determinada empresa tinha como estratégia contratar seus profissionais obedecendo a quatro premissas básicas e qualificadas da seguinte maneira:
O burro ativo - o burro preguiçoso - o inteligente ativo - o inteligente preguiçoso.
O burro preguiçoso ela contratava, mesmo sendo burro... produzia pouco.
O inteligente preguiçoso ela tambem contratava - era preguiçoso mas as vezes tinha um "insight".
O inteligente ativo, esse era imediatamente contratado, por razões óbvias.
O que de forma alguma era aceito, e ao contrário, execrado era o burro ativo, pois esse, alem de burro, era extremamente ativo, portanto produtor de asneiras e tolices em série.
Infelizmente, hoje assistimos o triste espetáculo da valorização do binômio idiota?burro ativo, que se alastra do campo corporativo para atingir o governo.

Conceitos sobre o ato de contratar

O capitalismo de hoje, ao reduzir o número de trabalhadores, reduz tambem o de consumidores, embora eleve a renda daqueles que continuam trabalhando.
Ecos perversos da imposição de métodos neoliberais que desnorteou e confundiu a missão precípua de uma economia sadia - produzir bens e ativos necessários para fortalecer e lastrear a enorme quantidade de dólares acumulados irresponsavelmente pelo operadores do mercado financeiro.
Vê-se, com espanto, a diminuição quase total de oportunidades de trabalho àqueles que percorreram o mesmo caminho da chamada classe média, ou seja, aquela em vias de extermínio.
Relembramos que esses profissionais, oriundos daquela classe, se esforçavam para obter o sonhado diploma universitário.
Com ele debaixo do braço estavam seguros que, no devido tempo, conseguiriam seu espaço e uma colocação para exercer a sua profissão.
O que é visível atualmente é a constatação que não basta ter simplesmente um diploma
universitário. È necessário somar a ele o mestrado, o doutorado, a pos-graduação, o PHD e outros, na tentativa de afirmar, através do estudo, o seu potencial e o seu individualismo.
Engano de visão, pois a este profissional, via de regra, falta a experiência, requisito fundamental quando se pensa no desenvolvimento dos problemas corporativos
Acresce-se a isso, o agravante da exigência, um tanto contraditória mas imprescindível dos limites da idade. Tem que ser jovem.
Forma-se a equação perversa - jovem, alta graduação, experiência comprovada.
Isso sem contar, na outra ponta, o alto custo de um posto de trabalho nessa nossa sociedade tecnológica.
Trabalhador do conhecimento requer investimentos em aparato tecnológico capaz de faze-lo alcançar alto nível de produtividade.
È necessário um crescimento exponencial de capital fixo, para em consequência, buscar a excelência em produção e daí contratar trabalhadores de alta qualificação.
Dentro desse quadro é natural se constatar, com tristeza, o afloramento de processos de seleção cada vez mais apurados na intensificação de uma deprimente e selvagem competição.
Torna-se uma virtude aquele que se mostra mais agressivo em se identificar com o sucesso a qualquer custo, passando como um trator por cima de valores e/ou princípios que enalteçam o respeito, a solidariedade e a decência.
Jovens se degladiando em processos cretinos de seleção televisivo, mostrando abertamente e com surpreendente orgulho seus "dons" mais obscuros, da valorização a todo custo, do próprio ego.
Em contrapartida vê-se, com pesar, a formação de uma verdadeira legião de excluídos.
Devido a escassez de vagas e a consequente necessidade da busca de profissionais "especiais", concentra-se hoje nas consultorias de Recursos Humanos (Head Hunters), esse trabalho de prospecção e seleção.

Continua...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A importancia da atividade de vendas - VI

A Distribuição -
A Industria, na contramão do que seria um intercâmbio fraterno e produtivo, "suporta" o atual processo de distribuição de sua produção.
O relacionamento com o comercio ou distribuidores/revendedores é tumuluado e pouco amigável.
Seus respectivos Departamentos Comerciais atuando de forma previsível e pouco criativa se relacionam com o comercio de forma pouco produtiva.
Possui políticas distintas, privilegiando as grandes lojas (Home Centers, Hiper Mercados,etc.) aonde, via de regra, concentra a maioria das suas vendas e não consegue horizontalizar seus esforços para atender os médios e pequenos clientes. Nesse sentido se vale de pequenos distribuidores, as vezes não exclusivos, mas que oferecem sinergia de produtos.
Concentrando alto volume de vendas em poucos clientes é evidente que se fragiliza mercadológicamente falando alem de obter baixa lucratividade em consequência de se curvar e aceitar negociações tiranicas dos grandes compradores.
Fica refém daquele que deveria ser o seu maior "parceiro".
O canto do cisne hoje é a tentativa de formular estratégias vizando a horizontalização das vendas.
Como atingir de forma produtiva e racional o micro, pequeno e médio cliente?
A Industria já pensou em seu próprio processo de distribuição.
Mas, com raras excessões esta iniciativa não foi levada para frente. É verdade que elas foram baseadas em estratégias que apostavam nas velhas certezas, sem visão holística e contemporanea da situação.
Mas, empurram com a barriga e fazem enorme esforço para se auto enganar, esquecendo-se que estamos em tempos de mudanças e decisões arrojadas. Mais do que nunca é preciso colocar os "culhões" na mesa.

Deveriam aceitar um conselho de Einstein - "Não há nada que seja maior evidencia de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes".

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A importancia da atividade de vendas - V

Marketing -
Sobre Marketing deveríamos, ao analisarmos o momento atual, estar atentos para repensar e/ou reformular conceitos até agora unanimamente reconhecidos.
O Marketing foi, sem dúvida, uma ferramenta importante no entendimento dos fatores e situações que realmente dificultavam ou inviabilizavam o bom andamento dos negócios. A partir daí, pode articular e formular novas, criativas e inéditas estratégias que efetivamente ajudaram a resolver os entraves mercadológicos da época.
De uma forma dinâmica veio se reciclando, tentando acompanhar as excessivas e bruscas mudanças a que vem sendo submetida a evolução do processo de sucessivas crises e seu enfrentamento.
Mas a velocidade das mudanças trazendo consigo novas e surpreendentes situações, simplesmente atropelaram as atuais e já ultrapassadas formas do Marketing convencional.
O estranho é que sendo instrumento de mudanças e supostamente apto para deteta-las com antecedencia, deixou-se levar pela inércia e hoje oferece as mesmas soluções estereotipadas e padronizadas, sem criatividade e ousadia para enfrentar, não novas mudanças, ou revoluções de conceitos, mas sim, novos paradigmas.
Marketeiros de hoje, um tanto arrogantes, donos da verdade, falando complicado, geralmente com citações em inglês, agindo como se o planejamento e a estratégia "intra-muros", nos gabinetes, são o suficiente para se vender- vamos ser claros, no final todos querem mesmo é vender.
No campo, ou seja buscar informações fora da empresa, porque na verdade são essas que realmente valem, ninguem aparece. Usam-se instituições de pesquisa "especializados".(?)
E é só esse sentimento do mercado que ensina e tempera aqueles que realmente, a partir dessas informações-se forem realmente relevantes-estão capacitados a formular estratégias competentes.
Profissionais da área se pautam em excesso de preciosismo e análises eletistas e superficiais, ancoradas em teorias mal formuladas ou pouco testadas (modismos, academicismos, "macaquices"), geralmente importadas, não condisente com a realidade dos anseios de cada cultura específica.
Necessitavam de mais humildade para entender o que alguem já classificou de "dissonância cognitiva" - a defasagem entre o que acontece e o que se percebe.
Aquilo que está mais próximo é o que mais dificilmente nós vemos.
Talvez, compreender melhor a diferença entre Conhecimento e Compreensão!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Importancia da Atividade de Vendas - lV

A Importancia do Comercio atravéz do Tempo.

Interessante analisar que este tema aguçou a curiosidade de intelectuais não necessariamente envolvidos no assunto. Mas mostraram extrema sensibilidade ao reconhecer o peso e a contribuição que o comércio legou à humanidade.
Abaixo reproduzo texto do admirado escritor peruano Mário Vargas Llosa onde comentando o Livro das Maravilhas (Marco Polo) deixa excelente contribuição para o debate envolvendo o assunto.

"É uma grata surpresa descobrir que, sem deixar de relatar coisas extraordinárias, esse documento apresenta, sobretudo no que se refere à Mongólia e a China, uma constante veia realística e deixa transparecer que Marco Polo foi e quis ser, antes de mais nada, um mercador, um homem dedicado ao comercio, atividade que - parece até absurdo ter necessidade de lembra-lo - foi sempre sinônimo de progresso e civilização, de convivência e diálogo, de rejeição da violência e da guerra, de aposta na coexistência e na paz.
Mas o que entusiasma e emociona deveras o Veneziano, não são as curiosidades pitorescas, nem os feitos dos implacáveis mongóis. O que o encanta e emociona é o espetáculo das heróicas caravanas de mercadores que depois de percorrerem, ao longo de meses e de anos, selvas hirsutas, páramos e geleiras e a guerra dos conquistadores, chegam às cidades e esparramam pelos mercados suas sedas estampadas e seus tecidos bordados, suas plantas e madeiras preciosas, suas jóias cintilantes e os fardos de canela, de sal e pimenta, e vendem e compram e, nem acabam de chegar a um destino, já se apressam para partir de novo, para outro extremo do mundo, numa nova perigrinação comercial, com outra carga monumental de mercadorias.
Marco Polo foi um grande viajante, um notável explorador e deve ter sido tambem um varão audacioso, mas ele foi sobretudo um mercador, na nobilíssima e civilizada acepção desta palavra, que as ideologias demagógicas aviltaram injustamente, identificando-a com a visão materialista, terra a terra, egoísta e gananciosa da vida, esquecendo-se de que comerciar significa acima de tudo, comunicação e intercambio de bens e de idéias entre raças, culturas e religiões diversas, um empenho para estender pontes e estabelecer consensos que prevaleçam sobre as diferenças que inimizam os povos e para criar normas e leis equitativas que possam pôr fim às guerras e tornar possível a legalidade e a paz.
O comercio, mais do que qualquer outra coisa foi criando espaços e oportunidades para que nascessem na história o indivíduo soberano e a liberdade. Marco Polo trazia no sangue esta vocação comercial. Herdou esta vocação do seu berço natal Veneza que foi na história tantas coisas geniais, foi tambem, antes de tudo, a cidade comercial por excelência.
Veneza conquistou o mundo com seus astutos mestres da negociação e da intriga que foram seus políticos, seus mercadores que estenderam esse sutil arquipélogo de oficinas artesanais, depósitos, rotas, dependências, feiras, mercados, que ela foi esparramando por todo o mundo conhecido, infiltrando simultaneamente ao mundo ainda desconhecido, as idéias, os mitos, as instituições e os produtos artesanais e industriais da Europa e trazendo para esta o que outras regiões do mundo criavam".

Aí está um testemunho de alguem que realmente entendeu o significado da palavra COMERCIO, e seus agentes naturais - os vendedores!!!

Continua no próximo capítulo...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Importância da atividade de vndas - lll

Comercio - um pouco de história
Um vendedor precisa se conscientizar da extrema relevância de se preparar para ser um generalista. Procurar se instruir cada vez mais, ler muito, não só assuntos relacionados à sua profissão, mas principalmente ter uma cultura holística. Dessa forma estará preparado tambem para se comportar como verdadeiro analista e portanto poder contribuir com informações relevantes, obtidas no dia a dia e em contato com seus clientes as quais,pesadas e analisadas ,se tornarão matéria prima básica para que a sua empresa reformule suas estratégias.
A extraordinária contribuição do comercio para a real aproximação dos povos desde os primórdios da nossa civilização. Não custa nada analisarmos alguns conceitos que certamente nos ajudarão a compreender e valorizar o que hoje chamamos mercado (o que produz e vende).
Nos primórdios prevalecia o escambo a troca. Algumas mercadorias acabaram prevalecendo e entraram definitivamente para o vacabulário do mundo do dinheiro. Por exemplo, o gado, mercadoria-moeda muito usada pela facilidade de transporte, que teria dado origem a expressão latina "capital". O gado é designado por cabeça e a cotação era por valor "per capita". Da mesma forma palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dineiro acumulado), são derivados do latim pecus (gado).
O tão suado salário vem da mercadoria-moeda sal, usada na Roma antiga, como pagamento por serviços prestados. No Brasil, entre outros, circularam como moeda o pau Brasil, o açucar e o tabaco.
Com a descoberta do metal, o homem encontrou uma nova forma de expressar valor, neste caso, medido pelo peso e a pureza do metal. Atribui-se ao império Persa a criação da efígie do Rei para demarcar a origem da moeda, por volta de 6 mil anos antes de Cristo. A expressão "moeda", tal qual usamos hoje na lingua latina, viria da cunhagem de moedas na Roma antiga, no templo da deusa Juno Moneta.
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e prata.
Deduz-se que o comercio acompanhou o homem desde o início e era atividade primordial no sentido de faze-lo relacionar-se e interagir com outros povos e a entender que dependia da qualidade de sua mercadoria e do seu poder de persuação o sucesso da negociação.
E é evidente que continua sendo fator da máxima importancia hoje quando analisamos as balanças comerciais de todos os Países. Todos sem excessão buscando a excelência em suas políticas comerciais vizando obter sureravit .
Alguns países são mais agressivos, outros menos - depende muito como a Diplomacia Comercial encara essa verdadeira guerra. Até a pouco tempo nossos diplomatas eram excelentes para cokteils e para dançar o minueto em salões requintados e eletistas, todos muito elogiados pela sua cultura , educação e finura no trato. Mas dificilmente se imiscuiam na tratativa comercial propriamente dita, pois ela poderia macular a sua imagem se aí fosse colada a expressão vendedor. Diplomatas de outros países se comportam como verdadeiros predadores em busca do melhor negócio, ávidos em levar vantagem em tudo, custe o que custar.
Como se vê não só na esfera das empresas é necessário se repensar Vendas, é urgente reformular tambem essa postura pasiva e preconceituosa dos nossos ditos Diplomatas Comerciais.

Continua nos próximos capítulos...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Importancia da atividade de vendas ll

A preocupação máxima com a satisfação do cliente.
As empresas precisam se conscientizar da extrema valia de formar vínculos mais abrangentes com o mercado. Que a sua Marca fique consagrada e respeitada pelo seu respeito às exigencias e carencias de seus clientes.
Ter como objetivo oferecer ao cidadão consumidor o aumento do valor agregado líquido, isto é, o conjunto de benefícios almejados e atendidos ao adquirir produtos, tais como, conforto, saúde, segurança, felicidade, etc. Ou seja, melhoria de qualidade de vida.
Hà um sentimento de mudanças exigindo novos produtos - não quer mais conviver com a absolecência de mercadorias já ultrapassadas cuja serventia está abalada.
Na outra ponta as empresas precisam com urgência otimizar processos de produção obsoletos.
As grandes empresas, incluindo as multinacionais, se julgam auto suficientes, acreditando que seus balizamentos ou suas cartilhas, oriundas de seus respectivos planejamentos estratégicos orientam suas deciçoes mercadológicas de forma eficaz. Não ouvem o mercado.
Contam com profissionais arrogantes, ostentando grande empáfia, falando "marketês" e determinando estratégias comerciais de produtos já consagrados (defendendo unicamente share ou participações percentuais) e não se preocupando em formular políticas alternativas de vendas.
Essa arrogância não permite ver que produtos conssagrados tambem caem na absolecência.
Não acreditam que a informação (o poder) está fora da empresa, no varejo, no balcão do pequeno empressário, enfim na economia real.
Usam em larga escala a força da midia. A publicidade é uma doença do capital, da sociedade de consumo. A mídia utiliza estratégias de linguagem, cria simulacros, disfarça-se, e o consumidor final já começa a perceber e intuir que de alguma forma está sendo enganado.
Começa a se conscientizar que este é um universo de valores invertidos, subvertidos de mentiras que passam a valer verdades.
A mídia vende até políticos. Quer enganação maior que essa?
As pequenas e médias empresas oferecem a desculpa (por não valorizar vendas) de serem pobres. È evidente que há empresas pobres no Brasil e são essas a grande maioria. O pauperismo tambem pode atingir pessoas jurídicas.
Trata-se de uma pobreza diferente da carência no plano individual. Empresas pobres, que empregam brasileiros mais pobres ainda. È uma pobreza institucional, cozinhada no caldeirão de maldades da política econômica das últimas décadas.
Mas, convenhamos, isso não impossibilita que de uma forma mais íntima possam formar, treinar, valorizar, excelentes equipes de vendas.
A maioria das empresas opta por representantes comerciais, via de regra, sem nenhum vínculo com a empresa, atuando de forma fria, distante, sem nenhum envolvimento com os problemas do dia a dia, do calor humano, aquele que permite participar e se envolver com o emocional do seu ambiente de trabalho.
Portanto esse profissional, descompromissado, oferece o seu mínimo, ou seja, informações esporádicas e quase sempre defasadas do mercado. Não é um "feed back" preciso e elucidador. Normalmente, reividicam procedimentos simplistas e de curto prazo para ajuda-los a aumentar vendas - redução de preços, aumento de prazo de pagamentos, brindes, etc. Estão, na verdade, protegendo o seu cliente (o comprador), para o qual vende outros produtos e quer, evidentemente, agrada-lo.
Não consegue transmitir as informações que realmente interessam, pois está, de certa forma, comprometido com o seu cliente, para o qual, aí sim, procura o "melhor negócio".
Portanto se falamos em absolecência de produtos, podemos tambem acreditar que existe absolecência tambem de métodos e de estratégias de vendas e/ou marketing.
Uma grande reformulação nessa área é necessária.


Continua nos próximos capítulos...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A importancia da atividade de vendas

È injustamente reconhecida como uma atividade menor - discriminada pelos próprios profissionais da área - não recebe das empresas a atenção que sua importância merece -marketing ultrapassado e repetitivo - "marketeiros mauricinhos" e vendedores envergonhados - exportação e diplomacia comercial inoperante.

São temas bastante atuais e que merecem atenção e bastante cuidado na sua análise. Com o decorrer do tempo vamos abordando cada um deles. Evidente dizer que se trata de uma vizão própria deste que escreve, baseado em sua experiência profissional.

A atividade de vendas carrega consigo um injusto estigma. È considerada uma atividade menor, fruto de preconceitos culturais arraigados na cultura empresarial brasileira.
È comum se ouvir que determinado profissional depois de ter tentado tudo vizando obter um emprego e não conseguindo, conformou-se em ser um vendedor.
Acredito que é necessário algumas reflexões a respeito procurando resgatar a importância dessa atividade.
Nada acontece sem que antes tenha havido uma venda.
A empresa começa a se movimentar a partir da chegada do pedido.
È forçoso reconhecer que os próprios profissionais do setor, obedecendo sem se revoltar, a esse preconceito, ele mesmo, parece que se envergonha de sua profissão escondendo-se atrás de sofismas a mascarar a palavra vendedor - apresenta-se como consultor, viabilizador de negócios,assistente comercial, etc.
As empresas, embora pensem ao contrário, não tem equipes de vendas preparadas para enfrentar situação de alta competitividade, semelhante à que enfrentamos no momento.
Não conseguem passar aos vendedores o sentimento de altivez, orgulho e importância que norteiam as estratégias bem sucedidas e corajosas. O treinamento e as condições de salário, são ofertados de forma ultrapassada e padronizada, sem criatividade e estímulo, como a seguir uma cartilha, ou seja oferecendo "o que o mercado acostumou-se a dar".
Esse possível complexo de inferioridade daí decorrente é fruto desse mix perverso, formado por empresas não valorizando vendas e portanto gerando vendedores que não se valorizam.
È a cobra mordendo o rabo, não se sabe onde o processo se inicia.
Hoje o mercado exige posturas corajosas, inovadoras, que não mais aceita atitudes retrógadas e ultrapassadas a refletir a cultura dos agentes que o compõem.
O cliente não pode ser visto apenas como um "instinto econômico que anda". È preciso abranger tambem seus valores políticos-culturais.
Os que imaginam que vendas é uma atividade menor, não entendem que dela se utilisam todos os dias, logo pela manhã, quando negociam com seus filhos (dinheiro para lanche, condução, etc), com sua mulher (a divisão dos gastos domésticos), no trânsito, enfim o negociar está incorporado na rotina de todo cidadão.
A igreja com seu Marketing agrssivo tenta a reaproximação dos fiéis, vendendo seus atributos, como fé, recompensas divinas, etc.
O governo vende sua imagem, e os políticos são eleitos utilizando-se do Marketing da personalidade, processo perverso que transforma o ser humano em um produto.
Enfim todos, de alguma maneira se utilizam da venda a todo momento.
Sem contar que muitos países (Brasil incluso), devem muito da sua colonização e assentamentos de pequenas vilas - que hoje são grandes cidades- à figura do vendedor ambulante, o mascate, que alem de vender seus produtos, trazia informações e notícias e contribuiam decididamente na formação e no assentamento de desbravadores, dando origem a formação de futuras cidades, pois oferecia infra-estrutura para sobrevivência e o progresso da região.
Apesar disso tudo, o reconhecimento dessa atividade continua não sendo dada, sendo alvo de ironia e desprezo pelos intelectualóides de plantão e acadêmicos puristas.

Esse é um tema complexo e cheio de controversias .
Continua nos próximos capítulos...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Nada se cria... tudo se copia.

Confecções -
O Brasil hoje detém um número expressivo de empresas que se dedicam ao "glamoroso" trabalho de explorar a moda, buscando a cada ano acompanhar o desenvolvimento desse setor ou influenciar tendências e conceitos que serão assimilados pelo mercado comprador.
Conheci um dos proprietários de uma dessas empresas. Conhecer, talvez fosse atrevimento dizer -eramos companheiros de uma equipe de futebol, para a qual esse então jovem jogador se prontificou a produzir as suas camisetas em sua pequena malharia. Eram vermelhas.
Hoje essa malharia se transformou em uma marca respeitada e admirada.
Seu propritário tambem se transformou. Não é mais aquele rapaz tímido e ranheta e que era alvo de gosações dos companheiros, e se transformou no empresário vaidoso e inacessível.
Começo a conhecer um pouco desse mercado em razão da minha mulher, ela tambem uma design de acessórios e portanto inserida nesse meio.
Conto isso para comentar um incidente recem acontecido que a deixou bastante aborrecida.
Um de seus desenvolvimentos foi completamente copiado por uma dessas empresas que inadvertidamente detem meios e recursos, e por que não o monopólio, da exposição, da veiculação e da venda de seus produtos. Contam com o apoio da mídia, de promoters,de produtoras televisivas e demais canais próprios para divulgação.
Aos pequenos e quase sempre artezanais produtores só lhes resta tentar sobreviver buscando brechas criativas e ocasionais e via de regra tangenciando e buscando migalhas desse mercado.
No incidente da cópia sugeri que se enviasse uma carta manifestando seu desagrado.
A carta foi feita, mas como de costume e obedecendo o padrão brasileiro de acomodação, deixado de enviar.
Mas só por curiosidade relato abaixo o seu teor:
Prezado sr.
Sei que esse mundo da moda ou "fashion" é um terreno pantanoso e cheio de obstáculos, onde os valores e princípios as vezes se esmaecem dando lugar ao oportunismo e a ganância, que hoje é ironicamente traduzida por competitividade.
Sei tambem que a criatividade pura, aquela que impacta e quebra paradigmas, mostrando o novo e não a novidade, é uma utopia perseguida por aqueles que por oficio se dedicam ao tão chamado mundo da criação.
Mundo da criação?
Engano puro. Diria que aqueles que se arvoram a proclamar essa tão rara propriedade são vítimas de um processo de megalomania misturado com empáfia.
Portanto os "insights" criativos são, via de regra, fruto da sensibilidade do artista para detetar e assimilar conteúdo germinado alhures e em tempo indeterminado, atemporal e que estão contidos, no imenso ,incomensurável universo do "inconsciente coletivo", espaço democrático e acervo confiável de anseios, desejos e projetos ainda não realizados e para onde convergem os sonhos da humanidadae.
Dessa forma, procurando estar atenta a esses "sinais" e sempre dando atenção ao "acaso", é que de maneira modesta, crio meus produtos (acessórios).
Portanto não acredito que alguém possa simplesmente copiar e se apropriar de uma idéia, mas fiquei surpresa e digo de passagem orgulhosa, quando vi uma das minhas criações ornamentar modelos de sua última apresentação no SPFW.
Entendo que em algum momento fomos partícipes de escolha idêntica, reafirmando, por consequência, que temos sensibilidade parecidas.
Admiro e respeito o seu trabalho e lhe desejo sorte nesse seu empenho em difundir e valorizar a moda brasileira.
Atenciosamente,

Não importa que a carta não tenha sido mandada - o desabafo talvez sirva de alerta.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Responsabilidade Social

Dar credibilidade e humanizar às marcas-
Estou seguro que este tema ainda não foi devidamente assimilado pelas empresas.
Não na sua total amplitude.
Hoje veêm esse compromisso como mais uma obrigação a cumprir, ou uma tarefa não desejada, enfrentado-a de forma tímida, descompromissada e sem o empenho necessário visando aumentar e dinamizar a sua contribuição.
Hoje atuam estabelecendo regras de ajuda obedecendo um certo espírito de "manada", ou seja, imitar as mesmas iniciativas da maioria do mercado, o que, convenhamos não prima pela criatividade nem pela competência.
Iniciativas padrões, superficiais, sem ousadia, que tocam o problema sem profundidade e não se comprometem.
Atenuam um pouco o seu sentimento de remorso, mas não conseguem dominar e nem modificar a sua "natureza" predadora.
Ao mesmo tempo agregam um valor pífio à sua imagem e consequentemente o seu tesouro maior, a sua Marca, fica comprometida.
Frequentemente a sociedade, o consumidor final, o mercado, nem se dá conta desse pseudo esforço.
É preciso inovar, provocar, criar alternativas vincadas na honestidade de propósitos, visando não só sensibilizar o seu público alvo, mas propor um projeto maior, que extrapole em abragência o simplesmente "gerar lucros", mas que se preocupe com o bem estar da sociedade como um todo.
Humanizar suas atitudes, transferindo esse sentimento às sua estratégias.
As pessoas precisam entender que aquela Marca está preocupada em propor soluções que enfatizem a tomada de uma nova consciência e que fique evidente que a empresa "levanta uma nova bandeira" generosa sob a qual poderão se abrigar todos indistintamente, sejam ou não atrelados ao seu mercado de atuação, demonstrando estar disposta a oferecer sua proteção institucional.
Essa bandeira abrangente e necessariamente democrática, na sua origem,certamente merecerá a simpatia de outros segmentos da sociedade, reforçando e ao mesmo tempo reciclando conceitos e amparando novas proposituras, mostrando a força da idéia, desatrelada da política e do governo.
Proposta que atinja o povo com uma certa violência, forçando-o a sair do eterno conformismo e o confortável absenteísmo no qual se encontra, sendo observador passivo do seu destino.
Forjar uma identidade verdadeira, honesta, procurando a interação, a aproximação voluntária, forçando a sociedade a ser partícipe e quase cúmplice na orientação das suas estratégias mercadológicas.

Gastronomia-Generalidades

O ato de comer, de degustar, de apreciar um alimento é o verbo prático da gastronomia.
Comer com volúpia, com sofregidão, com parcimonia, com enfado, sem vontade, por obrigação, com apetite. São sentimentos que se apresentam sempre ligados ao estado emocional de cada um.
Gordos, magros, coléricos, linfáticos, sanguínios, rabugentos, boa praça, egoístas, generosos, vaidosos, etc. Cada um reflete a sua personalidade ao se comportar em uma mesa de refeição.
Ao evidenciar a sua "natureza" ficará surpreso como o choque de "animus" entre pessoas tão díspares, ao contrário do confronto, via de regra, vê prevalecer o bom senso e a cordialidade, prenúncios alvissareiros de um entendimento, graças à magia que emana de uma confraternização comensal.
Outras elucubrações sobre o ato de "comer" ficam por conta da imaginação versátil e/ou erótica de cada um.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Gastronomia- Fome/Coragem da Denúncia

Gastronomia- Fome
Dentro do glamouroso tema da Gastronomia, seria hipocresia não admitir esta realidade, que assola a humanidade desde Noé.
Seria também praticar uma atitude covarde de "tiradabundismo explícito" não reconhecer, ao analisar esse flagelo, e concluir que a responsabilidade é do homem.
Herman Hesse foi mais duro e entendeu que "nenhum homem chegou a ser completamente ele próprio. Uns não chegam nunca a ser homens, ficam em rãs, lagartos ou formigas".
Encontrar uma solução para a fome, talvez fosse o caminho da redenção para o homem. Poderia dessa forma, honrar e resgatar o valor do seu nome.
O que virá a seguir da polaridade formada entre Mercado e Estado, ou seja, Homo Economicus (mercado) e Homo Politicus (estado)?
A salvação, ou o começo dela, seria o advento do Homo Fraternus.
Utopia? Pode ser.
O Homo Fraternus será aquele que despresa certezas e convenções do tipo "não se deve dar o peixe, e sim ensinar a pescar", que incentiva as contribuições generosas a fundo perdido, que acredita e defende a necessidade de se humanizar a convivência entre geradores de riquezas e aqueles que precisam de ajuda para sobreviver.
Tomara que isso aconteça a partir da generosidade e da sensibilidade extraída da culinária, terreno fértil e propício para alavancar idéias inovadoras e paradigmáticas.


Coragem da Denúncia-

É evidente também que essas preocupações com a fome e com uma distribuição de renda que diminua o enorme abismo entre ricos e pobres, não seja precisamente motivo de preocupação da nossa elite-ou deveria dizer "anti-elite"-e muito menos de políticos comprometidos unicamente em marcar territórios, e descaradamente vendidos ao poder corruptor de interesses inconfessáveis.
Hoje li uma crônica de um jornalista corajoso. Põe corajoso nisso!!!!!!
Seu nome é Leandro Braga e eu li essa matéria no blog do Azenha.
Coloca os pingos nos is. Fala da hipocresia desta campanha contra o Sarney. E depois pergunta - porque não derrubar e denunciar toda a quadrilha? Sarney, Jeressaiti, virgilio, etc e quase todo o senado, com excessão de no máximo 4 ou 5 senadores. Todos são quadrileiros.
Já ouvimos e lemos denúncias parecidas, mas o que me chamou a atenção foi o tom contundente e corajoso ao chamar a todos pelo seu verdadeiro nome - bandidos, biltres, desonestos, corruptos.
Aí, mais do que nunca cabe a assertiva de Hermam Hesse, citada lá no inicio - de que alguns homens, nunca chegarão a ser homens. Geralmente ficam em rãs, lagartos e formigas.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Gastronomia - Máfia,/ reflexos empresariais

Gastronomia - Máfia
Como até em organizações criminosas, como estas que estamos acostumados a ver no cinema, existe uma pausa para a refeição em comum onde homens brutalizados e insensíveis, convivem fraternizados.
A culinária proporciona um ambiente de solidariedade, e não seria exagero deizer-se de um "espírito de corpo" extremamente necessário nas circunstâncias em que vivem.
Este tema é por demais controverso e complexo, analisando-se superficialmente, as vezes, nos surpreendemos pelo fascínio que ele exerce.
É evidente que não se concorda com os métodos nem com a violência daí oriundos, o que seria absurdo, mas que embala em nós um sentimento utópico de justiça, satisfazendo nossa indignação.
Como se pudéssemos praticar verdadeira metamoforse e nos sentirmos, nós próprios, dotados de poder para corrigir certas injustiças e satisfazer os instintos, aqueles escondidos no fundo do nosso caráter.
Assim fazendo parecería-nos como se estivéssemos praticando verdadeira catarse a jogar fora todas as nossas neuroses.
Gostaríamos, depois de ofendidos ou trapaceados, de revidar, dar o troco.
Embasados numa atitude quimérica de justiça, semelhante a um Don Corleone caboclo e, portanto, com métodos e requintes próprios da sensibilidade de cada um.

Reflexos empresariais
De como o tema máfia me fascina, seja em literatura seja em filmes.
Talvez o brasileiro comum gostaria de assumir poder semelhante, na tentativa de minorar a sua baixa estima, tomando atitude, cobrando seus direitos, assumindo a sua cidadania e como consequência exigir mais respeito daqueles que se dizem seus governantes.
Compreende-se que nada colabora para que esta nação finalmente desperte para o seu destino inevitável de grande nação.
Se analisarmos as diversões básicas que compõem o mosaico formador de opinião da população, vamos notar que o sentimento de altivez e de orgulho são reiteradamente usurpados.
Nas novelas, o que se vê, é uma eterna procrastinação da punição do vilão da história. E quando, finalmente, isto se dá, via de regra, não satisfaz toda a animosidade gerada através de meses de sofrimento e incentivos a impunidade.
Sem muita explicação plausível, transformam os "maus" em loucos e portanto imputáveis, ou matam-nos simplesmente em acidentes cretinos e inverossímeis.
Frustam o que poderia ser uma verdadeira terapia macro.
No futebol, somos sempre, os "bonzinhos" da história. Aceitamos resignados os desmandos, violência e catimba de nossos adversários. Não podemos, em hipótese alguma, revidar, mostrando afinal que antes de jogadores, são homens e em certo sentido estão ali representando o brasileiro, portanto com a obrigação de agir sem covardia. Assim fazendo, com certeza, estariam contribuindo com o aumento do sentimento de bravura que influenciaria a retomada do nosso orgulho.
O que se vê são narradores televisivos medíocres, incentivando os jogadores a se portarem como o eterno agredido resignado, oferecendo sempre o mesmo chavão batido e repetitivo, aquele que não devemos entrar no jogo do adversário.
Não que tenham de enaltecer a troca de agressões, mas que tenham a sensibilidade de entender rompantes de fibra e determinação ocasionais a contrariar a sua própria tendência à pacificação.
"O pacificador é aquele que alimenta o crocodilo na esperança de ser comido por último".
Voltando para o lado específico do profissional assalariado, ai também existem histórias (causos) os mais diversos a corroborar a existência da injustiça e da traição também, na vida corporativa.
Passei uma grande parte da minha vida profissional trabalhando, sob contrato, em vários Estados do Brasil.
Em uma dessas escalas encontrei um ser único e especial. Era meu vizinho.
Generoso, atencioso, me cercou quando da minha chegada, de tudo o que me faltava, dentro de uma circunstância bastante confusa que acarretam as mudanças.
Tornamo-nos amigos e havia grande familiaridade entre nós.
Para minha surpresa, todos se espantavam ao saber dessa amizade, havendo quem me sugerisse o afastamento desse convívio.
Esse alerta partia principalmente de meus empregadores. Com o passar do tempo, soube realmente, que este senhor, digamos, não pautava com a observância ortodoxa dos parâmetros legais.
Tinha sua própria linha de atuação e todos o temiam por não "levar desaforo para casa"- para dizer o mínimo.
Pois bem e para resumir. Na época do meu distrato houve algumas discrepâncias interpretativas que afinal iriam me prejudicar consideravelmente.
Mas, nesse instante, alguém lembrou que eu era vizinho, sabe de quem? Ele mesmo.
Pronto, os problemas cessaram e tudo foi resolvido satisfatoriamente.
Isto é somente uma ilustração daquilo que podemos chamar justiça indireta, obtida nas entrelinhas, apesar das circunstâncias desfavoráveis.
Mas não é o que acontece certamente, quando se analisa o grande espectro que compõe as relações capital/trabalho.
"Malvadezas" é o que não faltam. O que falta é uma grande quantidade de vizinhos que assumam atitudes heterodóxicas.
De qualquer forma e de maneira que satisfaça somente o nosso amor próprio, gostaríamos de ter o poder de converter em ação punitória algumas decepções e ofensas que o dia a dia nos apresenta. Seria um gesto egoísta e talvez até perverso, mas nos daria uma sensação orgástica de poder.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Gastronomia - Identidade

Identidade-
A questão da identidade se apóia primeiro na língua e, logo em seguida na culinária.
Fundamental para cada país conservar as suas origens e a sua cultura.
Não perder nunca a sua forma de cozinhar. Ressuscitar os valores conservados por mães e avós que obstinadamente preservam rituais culinários que somados continuam a contribuir e repassar a cada geração as peculiaridades que formam o inconsciente coletivo formador da nacionalidade.



A identidade é o que impomos às nossas vidas como seres sociais, históricos, políticos e até mesmo espirituais.
Conseguimos também identidade preservando nossa cultura gastronômica.
Portanto, máximo respeito ás identidades que conseguiram se manter ao longo dos séculos.
É na identidade que cada país apóia sua riqueza, ou ao contrário se submete servilmente a uma identidade mais forte - o que é deplorável.
O imperialismo é a exportação da identidade.
Conservar com denodo e reverência suas respectivas formas de cozinhar, e se orgulhar delas.


Procurar nossas raízes, enaltece-las, vincando o grande poder cultural que dali podemos extrair, transformando-os no grande capital que certamente formará uma identidade brasileira, altiva e orgulhosa.
"Nós só seremos civilizados em relação as civilizações, no dia que em criarmos o ideal, a orientação brasileira. E então seremos universais por que nacionais
Mario de Andrade.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Empresas

Comportamento do pensamento linear das empresas.
Os debates muitas vezes parecem dirigir-se para uma conclusão baseada só em números, estatísticas ou modelos econométricos.
Alguns dados tem o mesmo valor estatístico da temperatura média de um corpo, cuja cabeça está no freezer e as nádegas no forno.
Devemos encarar as estatísticas como bêbado encara o poste. Como apoio e não como luz.
O mundo escravo de análises que procuram ser exatas, em um cenário subjetivo, e hoje profundamente dependente do comportamento e das indossincrasias do ser humano.
Este sim, o vetor principal de mudanças.
Em seu último livro Salman Rushdie comenta "que ninguem deve procurar as culpas fora de si mesmo, de sua cultura, de sua tradição - os bárbaros estão dentro de nós, cada um é o seu próprio cavalo de Tróia".
Construimos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas.
Por sua vez, ele também nos constrói no decorrer dessa viagem comum.
Assim vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatória a nossa qualidade de vida, a responsabilidade cabe a nós.
Reconhecer e assumir nosso medo, encontrar sua verdadeira natureza, talvez fosse um bom caminho na direção da coragem de que tanto precisamos hoje.
Errada está a realidade que teima em não se adaptar a "verdade" dos economistas que apostam somente no desempenho técnico do profissional, sem valorizar o ser humano - seus valores e princípios.

Causos empresariais

Por falar em espanhóis...
No passado recente, fui responsável pela introdução no Brasil de produto espanhol.
Aproveitando momento favorável devido à recente abertura do mercado brasileiro ao exterior, esta empresa anteviu a grande oportunidade de fornecer seus produtos a um mercado carente de produtos de qualidade, com alto valor agregado.
Dessa forma, começamos o trabalho e, imediatamente, os frutos começaram a ser colhidos, provocando em consequência, a vinda de executivos da Espanha para melhor dimensionar e avaliar os investimentos inevitáveis para melhor alavancar as vendas. Formar estrutura.
Com os espanhóis a tiracolo (eram dois), começamos a mostrar as peculariedades do amplo, extenso, generoso mercado brasileiro.
Finalmente chegou o momento de fazê-los conhecer o mercado do interior do Estado de São Paulo.
Em uma grande cidade do oeste paulista, visitamos uma grande empresa. Ali fomos atendidos por um jovem comprador chamado Alfredo, o qual se apresentou como sobrinho do proprietário.
Após as formalidades de praxe e sentindo ou intuindo uma certa empatia do jovem, inclinado a aceitar o negócio apresentado, os espanhóis se entusiasmaram e de forma muito direta e agressiva, começaram a oferecer vantagens comerciais cada vez maiores, dependendo da contra-argumentação do interlocutor.
Ele próprio, em determinado momento, ficou convencido de que estava entabulando um negócio lucrativo para a sua empresa e, portanto, tinha se portado muito bem, negociando com a firmeza e perspicácia de uma velha raposa.
Deixou transparecer, orgulhoso, que por ele estava tudo acertado- aceitava fechar o pedido.
Mas, sempre existe um "mas" - era necessário pedir a autorização final ao proprietário, seu tio. o qual se chamava Joaquim.
Sem problema, dissemos nós, já saboreando a vitória.
O rapaz levantou-se e dirigiu-se a uma sala contígua.
Entrou e, passados alguns segundos de silêncio, começamos a ouvir uns gritos e barulho de móveis arrastados com rispidez.
Mais gritos e murros na mesa.
De repente, sai o Alfredo da sala do tio, todo amarrotado e com os cabelos em pé, branco como um fantasma.
Aproximou-se da mesa, com os olhos arregalados e, gaguejando, nos disse:
- "Seu" Joaquim não concordou comigo e não vai fazer negócio nenhum.
Imaginamos que ele sugeriu que nós enfiássemos nosso produto no ... bem, deixa isso para lá.
Desapontados, mas entendendo o vexame do jovem, despedimo-nos e deixamos o local.
Sem uma palavra, os três, caminhamos em direção ao nosso carro e partimos.
Ainda em silêncio, percorremos algumas quadras quando, então, não aguentamos e começamos a rir e gargalhar, sem parar, comentando a estranheza da situação.
Daquele dia em diante, lembrando o semblante do Alfredo, todo amassado e envergonhado, passamos a ter como regra perguntar, a cada negócio que aparecia, se a decisão tinha sido tomada pelo Alfredo ou pelo Joaquim.
A história do Alfredo e do Joaquim se transformou imediatamente em uma peça de humor a confirmar a extrema importância da autonomia a reger nossas decisões que somente serão válidas quando embasadas da necessária confiança adquirida com a independência de quem se responsabiliza pelo seu potencial.

Gastronomia- O Homem Cordial

O Homem Cordial
Sem apologias e sem qualquer lição dignificante atrás dessa frase tão simpática, mas também tão enganosa- homem cordial.
A vida em sociedade para o brasileiro, "é de certo modo uma verdadeira libertação do pavor que ele sente de viver consigo mesmo". "Ele é antes um viver nos outros".
Essa foi a afirmação de Sergio Buarque de Holanda ao qualificar o comportamento do brasileiro comum.
Nada melhor do que "viver nos outros" do que a confraternização culinária, onde pessoas se congregam, se ajudam e principalmente fogem da solidão.

Convivemos, sem dúvida, com um dualismo histórico, conformismo/fatalismo, nossa herança ibérica. A nós descendentes de portugueses se evidencia o fator do conformismo, ou alguma ligado ao "Sebastianismo", sentimento de eterna espera a uma utopia imaginada.
O brasileiro ainda é morno em seus protestos e reinvidicações, esquecido de seus direitos e fundamentalmente ignorante do significado da palavra indignação.

Quanto ao fatalismo dos Espanhóis me permito ilustrar esse comentário, com fato acontecido durante a guerra civil espanhola (1936-1939)
Conta a lenda que os espiões eventualmente descobertos dentro de cada exército oponente, eram imediatamente julgados e inevitavelmente condenados a morte, sumariamente.
Descoberto um espião nas fileiras republicanas, procedeu-se da maneira costumeira- foi julgado e condenado a ser fuzilado.
Estavam na região de Murcia e fazia um frio terrível.
O tenente comandante do pelotão e encarregado de executar o prisioneiro resolveu, em virtude do frio, protelar a missão, continuando a aproveitar o ambiente acolhedor das fogueiras do acampamento. E para não afetar o moral da tropa, resolveu levar o prisioneiro ao seu destino fatal para lugar longe dos soldados.
Partiram, portanto, quase ao nascer do sol.
No caminho, e aí se evidencia o fatalismo espanhol, o preso exclama:
- Mi comandante, com hace frio aqui em Murcia.
E o comandante, concordando, respondeu:
-Mira usted que nosotros, todavia, tenemos que regressar!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Gastronomia

Coerente com a proposta desse blog, ou seja, mesclar os 2 assuntos propostos- Gastronomia e Assuntos Empresariais - tentando encontrar um elo que os aproxime, bem como, buscando um denominador comum que os complete, hoje vamos focar Gastronomia:
Como diz Camara Cascudo " o significado da comida ultrapassa o simples ato de alimentar-se".
São muitas as tradidições que consideram a hora da refeição como semi-sagrada, de silêncio, compostura e de severidade.
Manda-se respeitar a mesa e, no interior, não se comia trazendo armas, chapéu na cabeça ou então sem camisa.
Comer junto é aliar-se: a palavra "companheiro" vem do latim "cumpanis", de quem compartilha o pão.
Portanto dar ênfase a importância da Gastronomia quando vista como viabilizadora e/ou catalizadora de interesses em reuniões que embora sociais, tem forte vínculo empresarial.
0
Etiqueta
As refeições começavam com a entrada(entrèe), e acabavam com a finalização(sortie), mais tarde chamada de sobremesa(desert), do verbo "deservir" que indica finalizar um serviço.
Peculiaridades sutis de apresentação da refeição que embora afetadas foram fundamentais no encaminhamento de posturas mais civilizadas, protelando o convívio em torno da mesa, o que foi fundamental para visar o entendimento.

domingo, 12 de julho de 2009

Continuação postagem anterior

... Esse procedimento, de resto coincide com o Brasil de hoje, onde os economistas passaram, sem cerimônia, do seu lugar de origem, isto é, o staf para o setor de linha, na ponta da operação e esperam ser tratados como verdadeiros gurus, reservatórios onipotentes de verdades irrefutáveis.
Na outra ponta essa empresa, ainda coerente com a sua cultura rígida e preconceituosa, sofria problemas evidentes quanto ao relacionamento pessoal, pois este era precário, mau humorado e sem alegria.
Não contando com a prerrogativa do riso, da piada, do despreendimento e da camaradagem daí obtidos, não havia espírito de corpo, união, confiabilidade. A simbiose mágica e extremamente produtiva que liga um profissional com sua empresa fica dessa forma rompida e impede que ele tenha o inevitável e benfasejo sentimento de admiração e comprometimento e, portanto, a vontade de defender os interesses corporativos usando todo o seu potencial.
De resto, hoje esses valores estão se diluindo com o advento cada vez mais atuante da terceirização.

Ditadura financeira

Hoje, estamos assistindo o debate daqueles que apostavam no oráculo maior do sistema financeiro. Nesse mundo de faz de conta conviviam os magos e bruxos que decodificavam os maliciosos e, via de regra, perniciosos sinais emitidos pelo todo poderoso mercado.
A festa acabou!!!!
Até agora convivíamos com valores invertidos, dando valor extremo aos excessos cometidos pelos economistas de plantão, cuja orientação estava sempre vincada na visão financeira de qualquer problema, ou seja, a busca a todo custo pelo lucro em investimentos em derivativos e/ou outras artimanhas. Poucos estavam mesmo preocupados em produzir, em gerar bens de consumo real, de formar bolsas garantidoras de formaçaõ de ativos verdadeiros a consubstanciar, mesmo que parcialmente, a obtenção de algum lastro para garantir tanta irresponsabilidade financeira.

Agora, se me permitem conto um "causo" que vivenciei.
Houve uma época em que trabalhei em uma grande empresa, cujos sócios majoritários eram descendentes de alemães. De primeira geração, portanto ainda trazendo dentro de si, o rigor e a disciplina sempre presente na educação germânica.
Nessa empresa todos os executivos principais, gestores de cada divisão eram egressos do setor financeiro.
Com essa cultura era evidente que todas as decisões e estratégias passavam obrigatoriamente pelo oráculo sempre fiel da calculadora.
Mesmo, pasmem, aqueles produtos ainda embrionários, em fase de projeto e ainda necessitando de uma avaliação mais profunda sobre a sua aceitação no mercado, tinham que ser mensurados sob o ponto de vista financeiro. Visão estreita e preconceituada, focada nas estratégias que privilegiavam o binômio alta rentabilidade/alta margem de lucro.
As ponderações e pesquisas do setor comercial não eram consideradas, mesmo porque, os executivos dessa área eram subavaliados e de certa forma desprezados dentro de um contexto perverso de elitismo dos conhecedores de números.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Gastronomia

Origens
O primeiro restaurante foi aberto em Paris, por volta de 1765 por um homem chamado Boulanger(padeiro).
Não era um padeiro.
Era especializado em sopas. Sempre leves com variações de "bouillons"(caldos).
Ele chamou seu estabelecimento de "restaurante" porque o objetivo era "restaurar"(recuperar) as pessoas - ou seja, ajudá-las a se recuperar de várias doenças e indisposições, inclusive quando comiam demais ou bebiam em exagero.
Um verdadeiro pit-stop para comilões e beberrões.


Etiqueta
A etiqueta das refeições na corte francesa, atingiu seu apogeu na época de Luis 14, quando com a chegada do garfo estabeleceu-se o marco de um limiar cultural e psicológico que provocou mudanças bruscas no comportamento dos componentes de uma refeição e portanto influenciou o surgimento da confraternização social através da gastronomia.
Reuniões em torno de reifeição em comum utilizando utencílios próprios e abandonando costumes bárbaros que embruteciam os homens e, em consequência, não ofereciam ambiente propício para a confraternizaçã.

Gastronomia

A importancia da Gastronomia quando vista de forma mais abrangente e sem preconceitos.
Amortecendo e facilitando entendimentos, desobstruindo possíveis indissiocrasias ou antipatias, facilitando a aproximação e o contato de forma pacífica, buscando soluções compartilhadas.
Esses sentimentos são obscurecidos, quando mostramos unicamente nossa "máscara politica", obedecendo com isso, a tirania e os reclamos de uma sociedade frívola, hipócrita e fugaz.
Possibilita portanto, ao homem, mesmo porpouco tempo, ser verdadeiro.

terça-feira, 7 de julho de 2009

explicaçaõ

A este observador, talvez, fosse oportuno que focasse mais de perto onde efetivamente obteve informações, as quais, serão inevitavelmente alvo de suas ponderações.
Durante mais de 40 anos conviveu e portanto colaborou com empresas grandes, médias e pequenas, bem como, com multinacionais, tendo inclusive experiências como pequeno empresário. Esse é um universo de experiências acumuladas bastante fértil em análises, que nos conduzem a conhecer melhor as atitudes comportamentais das empresas através da somatória diversificada das pessoas físicas que a compõem.
Com esses elementos é possível colocar as empresas dentro desse novo contexto de desenvolvimento que até agora (antes da crise financista), privilegiava a globalização e primordialmente a competição predatória, vincada no enaltecimento do individualismo.
Empresas são entidades impessoais, pessoas jurídicas, portanto são regidas pelas decisões da somatória de suas pessoas físicas, que certamente darão a ela uma imagem e um caráter semelhante ao que pensam seus executivos e subordinados. Enfim, formarão a sua cultura.
Nesse momento é necessário também se observar que este universo está grosseiramente dividido entre grandes, pequenas e médias empresas.
É óbvio e cristalino que são categorias completamente distintas e cada uma delas detêm características e culturas particulares e antagônicas.
Necessário também esclarecer que aqui não se tem a pretenção de apresentar um "tratado", um "estudo" a dissecar os diferentes aspectos desse assunto, o que seria pretencioso demais, quanto mais não fosse, uma tentativa além do que se propõe esse blog.
Com o passar do tempo e parcimoniosamente aparecerão análises vividas, crônicas, citações, parábolas, etc, todas abordando de forma discontraída, com humor e espírito, esse tema.
Concomitante com esse assunto e com os mesmos alertas e explicações dados acima, gostaria também de partilhar outro tema que para mim é essencial quando se analisa de forma simples e descompromissada o comportamento humano.
Falo de Gastronomia.
Aprendi a conviver com a culinária e agradeço imensamente as circunstâncias fortuitas que a ela me aproximaram.
Ela é generosa quando nos preocupamos em entender sua significação e importância quando se analisa a evolução e aprimoramento do ser humano.
No decorrer do tempo vamos nos conhecer melhor, conhecendo os anseios, desejos, pecados, indiossincrasias e desabafos desses 2 universos aparentemente díspares, mas que tem seu elo de ligação e convergência, só necessitando um pouco de imaginação e ousadia para entender como convivem empresas "temperadas" pela Gastronomia.

Observador atento

O subtítulo desse blog parece um tanto autosuficiente demais.
Ao se intitular de observador atento assume o que na realidade não é capaz.
São raros aqueles que podem se considerar atentos. O ser humano não está preocupado em estar alerta, predisposto e desenvolver "o olho de ver", ou o "ouvido de escutar".
De manhã, pensa que acorda, mas, continua dormindo, ignorando e desprezando tudo à sua volta.
E é uma pena, pois os sinais e as respostas estão disponíveis e prontas para serem assimilados e compreendidos por quem quer se conectar e em assim fazendo dilimir dúvidas e encontrar soluções.
Portanto está ai o maravilhoso papel do observador.
" Na ciência oficial em progresso, o papel do observador se torna cada vez mais importante. A relatividade, o princípio da incerteza mostram-nos até que ponto o observador de hoje intervem nos fenômenos.
O segredo da alquimia é o seguinte: existe um meio de manipular a matéria e a energia de maneira a produzir aquilo que os cientistas contemporâneos chamariam um "campo de força".
Esse "campo de força" age sobre o observador e coloca-o numa situação de privilégio em face do universo.
Desse ponto privilegiado, ele tem acesso a realidade que o espaço e o tempo, a matéria e a energia habitualmente nos dissimulam."
Agora vamos focar o observador sob a visão de um filósofo:
"O ocre da encosta abrupta, o azul do lago, o roxo dos montes de Sabóia e ao fundo, as geleiras resplandecentes do Grand-Cambin, vira-os eu cem vezes. Soube pela primeira vez que nunca os olhara. No entanto vivia ali há 3 meses.
É claro, desde o primeiro instante, aquela paisagem deslumbrara-me, mas o que em mim lhe respondia não era mais que uma exaltação confusa. Claro, o Eu do filósofo é mais forte que todas as paisagens. O sentimento angustiante de beleza não passa de um assenhoramento pelo Eu que se fortifica, da distância infinita que dela nos separa. Mas naquele dia, bruscamente, soube que eu próprio criava aquela paisagem, que ela nada era sem mim - SOU QUE TE VEJO, E QUE ME VEJO A VER-TE, E QUE AO VER-ME TE FAÇO. Esse verdadeiro grito interior é o grito do demiurgo quando da sua criação do mundo".
Portanto, assumindo a minha condição de um humilde observador que tenta desesperadamente ser atento, espero poder, de alguma forma, contribuir no engrandecimento da Globosfera.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Competitividade


Da real importância de pensar de forma diferenciada e talvez valorizar conceitos heterodóxicos quando o intuito é o fortalecimento da marca junto ao mercado.
Será que aqueles responsáveis por essa formalização tem real conhecimento do que representa competir?
Dentro de uma sociedade individualista e cultora de métodos que privilegiam a competição predatória e sem escrúpulos, é obrigatório se perguntar como isso se reflete quando esses mesmos personagens elaboram as estratégias de suas respectivas empresas.
Nota-se entre os profissionais do setor uma certa arrogância e autosuficiência a nortear atitudes de soberba, que embora satisfaçam o seu ego, não são absolutamente salutares para a empresa.
Como pessoa jurídica uma organização é impessoal, sem rosto definido.Portanto é a somatória dos seus funcionários que dão a ela a sua ¨cara¨, a sua imagem.
Portanto, como dissociar atitudes que norteiam personalidades voltadas para enaltecimento da vaidade e do egoísmo, sem respeito para com o seu próximo, com o da imagem da empresa, expressa em suas atitudes de conquista do consumidor?
Quando analisamos os formadores de opinião, a Midia, encontramos semelhanças profundas a consubstanciar a arrogância daí decorrentes
A propaganda apequenou-se, amesquinhou-se. Perdeu a sua vitalidade criativa, enquanto seus profissionais continuam a valorizar o seu próprio trabalho, saciando-se com os julgamentos da sua própria comunidade.
¨Publicitários – delírio de auto congratulações¨.
Necessita repensar o seu poder como instrumento de influência, de ação e decisão.
Precisa ser mais honesta quando utiliza estratégias de linguagem, cria simulacros e principalmente quando se disfarça.
Esse é um universo de valores invertidos, subvertidos de mentiras, que passam a valer verdades.
¨O homem é o único animal que enrubece e também o único que tem motivos para isso¨. ( Mark Twain)
Talvez, o mais importante seria trabalhar para que suas respectivas marcas sejam encaradas de forma mais ecumênica, com mais valores e princípios, evidentemente não desprezando o seu teor mercadológico e prático.
Incluir em suas estratégias conceitos que confiram às marcas uma carga política, pragmática e ideológica maior que apenas Marketing e batam mais fundo como compromisso do que programas laudatórios e principalmente frases ao vento.
Projetos voltados para usos sociais e politicamente legítimos ganham espaço em escala global. Predomina a ascendência por temas como inclusão social, emancipação e, principalmente desenvolvimento.
È preciso compatibilizar o binômio tecnologia e desenvolvimento.Fica evidente que o futuro da tecnologia depende cada vez mais da existência de projetos de desenvolvimento
Portanto, fica evidente também que as empresas ao pensar o seu crescimento, se detenham a analisar como poderiam contribuir para o bem estar social.
O melhor seria se formulassem um projeto capaz de politizar as suas estratégias.
Nota-se que são posturas que enaltecem o lado não racional da vida. Que exigem sensibilidade, intuição e principalmente respeito.
Assim a dúvida é se os encarregados dessa mudança estão preparados para isso.