sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A importancia da atividade de vendas

È injustamente reconhecida como uma atividade menor - discriminada pelos próprios profissionais da área - não recebe das empresas a atenção que sua importância merece -marketing ultrapassado e repetitivo - "marketeiros mauricinhos" e vendedores envergonhados - exportação e diplomacia comercial inoperante.

São temas bastante atuais e que merecem atenção e bastante cuidado na sua análise. Com o decorrer do tempo vamos abordando cada um deles. Evidente dizer que se trata de uma vizão própria deste que escreve, baseado em sua experiência profissional.

A atividade de vendas carrega consigo um injusto estigma. È considerada uma atividade menor, fruto de preconceitos culturais arraigados na cultura empresarial brasileira.
È comum se ouvir que determinado profissional depois de ter tentado tudo vizando obter um emprego e não conseguindo, conformou-se em ser um vendedor.
Acredito que é necessário algumas reflexões a respeito procurando resgatar a importância dessa atividade.
Nada acontece sem que antes tenha havido uma venda.
A empresa começa a se movimentar a partir da chegada do pedido.
È forçoso reconhecer que os próprios profissionais do setor, obedecendo sem se revoltar, a esse preconceito, ele mesmo, parece que se envergonha de sua profissão escondendo-se atrás de sofismas a mascarar a palavra vendedor - apresenta-se como consultor, viabilizador de negócios,assistente comercial, etc.
As empresas, embora pensem ao contrário, não tem equipes de vendas preparadas para enfrentar situação de alta competitividade, semelhante à que enfrentamos no momento.
Não conseguem passar aos vendedores o sentimento de altivez, orgulho e importância que norteiam as estratégias bem sucedidas e corajosas. O treinamento e as condições de salário, são ofertados de forma ultrapassada e padronizada, sem criatividade e estímulo, como a seguir uma cartilha, ou seja oferecendo "o que o mercado acostumou-se a dar".
Esse possível complexo de inferioridade daí decorrente é fruto desse mix perverso, formado por empresas não valorizando vendas e portanto gerando vendedores que não se valorizam.
È a cobra mordendo o rabo, não se sabe onde o processo se inicia.
Hoje o mercado exige posturas corajosas, inovadoras, que não mais aceita atitudes retrógadas e ultrapassadas a refletir a cultura dos agentes que o compõem.
O cliente não pode ser visto apenas como um "instinto econômico que anda". È preciso abranger tambem seus valores políticos-culturais.
Os que imaginam que vendas é uma atividade menor, não entendem que dela se utilisam todos os dias, logo pela manhã, quando negociam com seus filhos (dinheiro para lanche, condução, etc), com sua mulher (a divisão dos gastos domésticos), no trânsito, enfim o negociar está incorporado na rotina de todo cidadão.
A igreja com seu Marketing agrssivo tenta a reaproximação dos fiéis, vendendo seus atributos, como fé, recompensas divinas, etc.
O governo vende sua imagem, e os políticos são eleitos utilizando-se do Marketing da personalidade, processo perverso que transforma o ser humano em um produto.
Enfim todos, de alguma maneira se utilizam da venda a todo momento.
Sem contar que muitos países (Brasil incluso), devem muito da sua colonização e assentamentos de pequenas vilas - que hoje são grandes cidades- à figura do vendedor ambulante, o mascate, que alem de vender seus produtos, trazia informações e notícias e contribuiam decididamente na formação e no assentamento de desbravadores, dando origem a formação de futuras cidades, pois oferecia infra-estrutura para sobrevivência e o progresso da região.
Apesar disso tudo, o reconhecimento dessa atividade continua não sendo dada, sendo alvo de ironia e desprezo pelos intelectualóides de plantão e acadêmicos puristas.

Esse é um tema complexo e cheio de controversias .
Continua nos próximos capítulos...

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