terça-feira, 7 de julho de 2009

Observador atento

O subtítulo desse blog parece um tanto autosuficiente demais.
Ao se intitular de observador atento assume o que na realidade não é capaz.
São raros aqueles que podem se considerar atentos. O ser humano não está preocupado em estar alerta, predisposto e desenvolver "o olho de ver", ou o "ouvido de escutar".
De manhã, pensa que acorda, mas, continua dormindo, ignorando e desprezando tudo à sua volta.
E é uma pena, pois os sinais e as respostas estão disponíveis e prontas para serem assimilados e compreendidos por quem quer se conectar e em assim fazendo dilimir dúvidas e encontrar soluções.
Portanto está ai o maravilhoso papel do observador.
" Na ciência oficial em progresso, o papel do observador se torna cada vez mais importante. A relatividade, o princípio da incerteza mostram-nos até que ponto o observador de hoje intervem nos fenômenos.
O segredo da alquimia é o seguinte: existe um meio de manipular a matéria e a energia de maneira a produzir aquilo que os cientistas contemporâneos chamariam um "campo de força".
Esse "campo de força" age sobre o observador e coloca-o numa situação de privilégio em face do universo.
Desse ponto privilegiado, ele tem acesso a realidade que o espaço e o tempo, a matéria e a energia habitualmente nos dissimulam."
Agora vamos focar o observador sob a visão de um filósofo:
"O ocre da encosta abrupta, o azul do lago, o roxo dos montes de Sabóia e ao fundo, as geleiras resplandecentes do Grand-Cambin, vira-os eu cem vezes. Soube pela primeira vez que nunca os olhara. No entanto vivia ali há 3 meses.
É claro, desde o primeiro instante, aquela paisagem deslumbrara-me, mas o que em mim lhe respondia não era mais que uma exaltação confusa. Claro, o Eu do filósofo é mais forte que todas as paisagens. O sentimento angustiante de beleza não passa de um assenhoramento pelo Eu que se fortifica, da distância infinita que dela nos separa. Mas naquele dia, bruscamente, soube que eu próprio criava aquela paisagem, que ela nada era sem mim - SOU QUE TE VEJO, E QUE ME VEJO A VER-TE, E QUE AO VER-ME TE FAÇO. Esse verdadeiro grito interior é o grito do demiurgo quando da sua criação do mundo".
Portanto, assumindo a minha condição de um humilde observador que tenta desesperadamente ser atento, espero poder, de alguma forma, contribuir no engrandecimento da Globosfera.

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