segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Consultoria de Recursos Humanos-Head Hunters

Continua...

Seria conveniente admitir que estas empresas, na verdade, não fazem uma consultoria, pois se assim o fizessem, isto implicaria em um trabalho mais detalhado e mais próximo do cliente, absorvendo de fato todos os indicativos da cultura da empresa e sobretudo o que isso significa, para formar de fato e com precisão o perfil do profissional a ser indicado.
Ao contrário e de maneira passiva, aceitam como válida as qualificações e requisitos(perfil) impostos pelo cliente.
È evidente que não se pode generalizar. Existem empresas nesse setor da mais alta qualidade e que de fato dignificam o trabalho que fazem.
Mas infelizmente a grande maioria transigem e algumas vezes compactuam com ambições veladas e não confessadas de quem os contrata, procurando identificar um profissional "esperto", "vivo", ou seja, que traga vantagens para as empresas (bancos inclisive), utilizando o seu potencial criativo, digamos enganador.
Que atue no limite da irresponsabilidade ou, é triste dize-lo, transigindo com a ética, usando métodos aceitos, mas pouco recomendáveis - isso entende-se lendo-se as entrelinhas.
Na outra mão exige e faz questão absoluta que esse profissional seja extremamente honesto com ele. È dificil de entender.
De uma certa forma está ligado tambem a essa nova geração de executivos (com ênfase para CEOs) que apareceu na onda da globalização. Esse novo tipo de executivo opera com kits de apresentação, curriculos vitaminados e maquiados, ligados com publicitários que tem a função de lhes levantar a bola na midia, para mais na frente colher verbas de propaganda. Fortes links com promotores de eventos que lhes levantam o nome, na mesma linha de uma modelo, um jogador de futebol ou um cantor.
Deixando essa reflexões de lado, vamos espairecer um pouco e abordar uma piada que se contava quando ainda tínhamos a figura do "Gerubal Pascoal chefe do pessoal", anterior ao advento do Departamento de RH. Conheci um que de tão discreto e cauteloso, ao preparar a folha de pagamento, protegia-a e a virava ao contrário sempre que atendia a um chamado telefônico.
Alguem já disse e é verdade - a inteligência é uma coisa maravilhosa. Está sempre conosco desde a hora que acordamos, e só se afasta de nós quando chegamos ao nosso escritório.
Mas vamos à piada.
Conta-se que determinada empresa tinha como estratégia contratar seus profissionais obedecendo a quatro premissas básicas e qualificadas da seguinte maneira:
O burro ativo - o burro preguiçoso - o inteligente ativo - o inteligente preguiçoso.
O burro preguiçoso ela contratava, mesmo sendo burro... produzia pouco.
O inteligente preguiçoso ela tambem contratava - era preguiçoso mas as vezes tinha um "insight".
O inteligente ativo, esse era imediatamente contratado, por razões óbvias.
O que de forma alguma era aceito, e ao contrário, execrado era o burro ativo, pois esse, alem de burro, era extremamente ativo, portanto produtor de asneiras e tolices em série.
Infelizmente, hoje assistimos o triste espetáculo da valorização do binômio idiota?burro ativo, que se alastra do campo corporativo para atingir o governo.

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