terça-feira, 16 de outubro de 2012

Causos Corporativos

Choque de Idéias -
Situação inusitada a compor um cenário misto de empreendedorismo racional e desenformação inocente (sem malícia), porem produtiva.
Joseph shumpter versus desastrado/ acaso.
O empreendedor é o agente do processo de "destruição criativa" que, de acordo com Joseph Shumpter, é o impulso fundamental que aciona e mantem em marcha o motor capitalista, constantemente criando novos produtos, novos métodos de produção, novos mercados e implacavelmente sobrepondo-se aos antigos métodos menos eficientes e mais caros.
Esse é um conceito pensado e estruturado, oferecendo ampla possibilidade - teórica - de desenvolvimento.
Quem o segue portanto, alem de possuir o "instinto animal" (Delfim Netto) do empresário, via de regra é pragmático em seus objetivos.
Em contra partida existe o desastrado, com sua habilidade involuntária.
Por meio de uma ação descontrolada, basta a sua presença, para que, sem razão e a despeito de sua vontade, o mundo fique de pernas para o ar.
O desastrado está implicado na invenção do que não existe, do que é inimaginavel.
A realidade tambem será reinventada. O desastrado sai para registrar tudo o que vê e acaba encenando, a despeito de sua vontade, os fatos que não existiriam sem a sua presença e que ele espantosamente não percebe.
Ele tambem provoca uma "destruição criativa" de forma instintiva.
O desastrado aquele que promove mudanças radicais usando somente o não pensar, a desenvoltura do acaso, do inesperado.

Histórias...
Minha mulher é uma empreendedora nata, buscando na sua atividade de artesã, sair do lugar comum e inovar em seus artefatos de crochet e tricot.
Certa feita fui com ela negociar junto a outro pequeno empreendedor um stand em feira promovida por ele, aproveitando espaços ocasionais e provisórios, sempre aos domingos.
Em seu escritório esperando para ser atendido começamos a conversar com as atendentes, mostrando as peças que seriam expostas.
Em determinado momento e pedindo discrição e sigilo, confidenciei - brincando evidentemente - que na realidade era eu quem fazia as peças de crochet já bastante elogiadas
Disse tambem que não assumia esse fato por vergonha e talvez por machismo.
As meninas, por incrível que pareça compraram a idéia e entre crédulas e surpresas espalharam a fofoca, o que acarretou inclusive, quando fomos chamados para concluir o negócio, um sorriso cúmplice e confortador do jovem gay que nos atendeu.
Minha mulher naturalmente não gostou da brincadeira, mas até achou a idéia interessante e hoje sou obrigado a aprender a fazer tricot para ajudar na produção!!!
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Quando da minha aposentadoria e obedecendo as regras do INSS, compareci muitas vezes a uma agencia da Caixa Economica Federal.
Tudo caminhava bem e efetivamente recebi todos os meus direitos conforme os prazos determinados.
Sòmente o referente ao PIS-Pasp não funcionou. A cada data estipulada aparecia um proble
ema e tudo se complicava.
Fui obrigado a brigar diretamente com a gerência e por fim, obtive a certeza que em tal data tudo estaria resolvido.
Portanto obedecendo o cronograma, fui até a agencia da CEF no dia estipulado.
A agencia fica em uma avenida importante de SP e estava completamente interditada em virtude de um acontecimento muito especial - por ali ia passar o cortejo de sua santidade o Papa Bento XVl.
Ao ser atendido e conversando com a funcionária, contei a ela todas as minhas idas e vindas, desencontros, mal entendidos e brincando, profetizei - só receberia aquele dinheiro no dia que o Papa passasse por ali!!!!!!
A mulher arregalou os olhos e quase desmaiou já acreditando em um milagre, e entre maravilhada e perplexa exclamou:
---- O Papa passou por aqui!!!!!
A admiração foi total e voltei para casa com o dinheiro no bolso.
Obrigado senhor Papa.

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Após visitar um cliente em São Caetano vinha eu com minha Brasilia 79 pela Rubem Berta, logo após ao aeroporto de Congonhas e tambem após a Avenida Bandeirantes, e aí... surpresa - o melhor é contar rápido, sem pensar muito - um pneu caiu em cima do meu carro!!
Foi um impacto fortíssimo. Por sorte caiu do lado do carona (eu estava sozinho), quebrando o parabriza e se acomodando, em parte, no banco dianteiro.
Susto? Susto é pouco.
Estava no meio da avenida e precisei de muito sangue frio para , primeiro assimilar aquele absurdo e depois levar o carro com segurança até o acostamento lateral.
Consegui chegar até um posto de serviço e lá estacionar.
Nesse momento chega esbaforido o causador do estrago.
Ele tambem foi vítima do inesperado. Vinha ele pelo lado oposto da avenida, quando a roda dianteira se desprendeu e começou um estranho balé saltitando entre os carros, depois uma pulou uma passarela e caiu em cima, sabe de quem? Advinharam.
Sem contar as despesas, aprendi que ao sair de casa o melhor é estar atento e aceitar resignado as artimanhas do acaso.


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