sexta-feira, 13 de julho de 2012

Causos Corporativos

" O ingênuo"

Comentava outro dia com um amigo sobre esta nova etapa de otimismo e desenvolvimento que o brasil atravessa, alvo de olhares vorazes de investidores estrangeiros. 
O Brasil, de repente se apresentou ao mundo, mostrando toda a sua potencialidade como um novo e confiável "player" nas tentativas de soluções dos problemas globais.
Mas será que o mundo conhece, de fato, a cultura brasileira? Tenho absoluta certeza que não.
Portanto as empresa que pretendem investir no Brasil precisariam primeiro conhecer a nossa cultura - aquela vincada no entendimento do significado das festas, futebol, música, culinária, miscigenação racial, jeitinho etc. características de um povo que dá mais valor à nação do que ao estado.
Vamos então falar do "ingênuo" do título que por si só traduz o que foi dito acima.
Trabalhei em uma multinacional americana cujos presidentes eram obrigatoriamente americanos.
Traziam em se staf sempre o homem de confiança - o diretor financeiro!!
Pois bem, este via de regra era  extremamente ortodoxo e inflexível quanto às regras pre-determinadas pela matriz.
Vivia sempre às turras com o tesoureiro brasileiro quanto a necessidade de buscar a qualquer custo as metas pré-determinadas.
Acompanhava dia a dia o volume de cobranças e elas indicavam que estavam muito abaixo do ideal. Cobrava com irritação o tesoureiro e admirava-se com a sua calma e otimismo a predizer que  a meta seria cumprida - não acreditava que faltando tão poucos dias para o dia fatal o dinheiro necessário estaria no caixa.
E eis que o milagre acontecia e a meta era cumprida.
Ele não entendia que o malandro do tesoureiro já tinha consigo todos os cheques pré datados obtidos em acordos com clientes.
Essa cultura do pré-datado não entrava na cabeça do americano.
Essa empresa só deslanchou no Brasil depois que começou a ser dirigida exclusivamente por brasileiros.

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