quinta-feira, 19 de julho de 2012

Causos Corporativos

O fiel Dr. Pardal
Anterior a essa nossa realidade da Globalização ou seria Neo-Colonização e antes tambem dessa fase da prevalência da tecnologia que se mostra tirânica e despótica, e portanto anterior a uma das suas consequências - a terceirização - existia uma verdadeira aproximação afetiva entre os funcionários e as empresas.
Ela proporcionava o encontro, a amizade e um certo compromisso de fidelidade a orientar a administração das responsabilidades.
Seus profissionais, via de regra, eram motivados a com ela conviver por muitos anos, obtendo assim, dependendo da capacidade de cada um, a possibilidade de um plano de carreira que o estimulava a progredir aumentando seu comprometimento.
Havia um relacionamento estreito quase visceral, chegando muitas vezes, a agregar ao funcionário um novo sobrenome - o da empresa.
Relembro perfeitamente de um personagem sui-generis, colegas que fomos trabalhando em uma grande empresa. Era muito inteligente e preparado, embora um pouco aloprado e tinha sempre idéias inovadoras que fugiam do convencional, do dia a dia.
Recebeu o apelido de Dr. Pardal aquele personagem "meio louquinho" das histórias em quadrinhos.
Depois de trabalhar por longos anos nessa mesma empresa teve o seu vínculo desfeito e houve a separação, amigável naturalmente.
Mas era por demais fiel a essa organização e quando dela se separou continuou com seus velhos hábitos. Então toda a manhâ obedecendo velha rotina saia de casa e inconscientemente fazia o seu conhecido trajeto até a antiga empresa e lá estacionava.

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