sábado, 16 de janeiro de 2016

CAUSOS CORPORATIVOS


O Gerente e o Palavrão -
Executivo de vendas de uma empresa fabricante de matéria prima importantes para industria em geral.
Estávamos vivendo uma época de euforia econômica e o mercado era totalmente comprador.
Foi uma época enganosa em que empresários medíocres, sem nenhum preparo para entender o que realmente estava ocorrendo e simplesmente obedecendo seus instintos primários e arcaicos de levar vantagem em tudo, vendo a facilidade que seus produtos eram absorvidos, simplesmente destruiram seus Dpto. de vendas, colocando na rua os seus integrantes.
Quando a euforia passou e a realidade voltou a ser a norteadora das estratégias, viram-se orfãos de seus contatos comerciais e tiveram que começar tudo de novo, sem contar que perderam, em consequência, toda eficácia calcada na experiência acumulada daqueles "jogados fora", tidos como descartáveis e improdutivos. São aqueles que dizem que quando as vendas vão bem, é ´porque o meu produto é bom, agora quando vão mal, é porque o Depto. de vendas não funciona.
Bom, não foi o nosso caso, mas sequelas desse tempo eram evidentes no nosso dia a dia.
Com excessos de pedidos estávamos sempre  atrasados com nossas entregas, causando sérios desentendimentos com nossos clientes . A tal ponto que fui obrigado a agendar uma visita à nossa fábrica de 2 diretores de uma grande empresa do Rio Grande do Sul, interessados em negociar, pessoalmente uma solução para o seu problema específico. isto é, atrasos constantes prejudicando sua produção.
Nossa fábrica estava situada no interior do Estado SP, cidade bem próxima de Sã Paulo.
Portanto levei os 2 representantes do cliente até nossos escritórios anexos à fábrica para o encontro com nosso Gerente Geral.
Eram instalações bastante modestas e com pouca privacidade.
Sentamos em uma sala de reunião contigua á sala do Gerente Geral.
Ele estava em reunião com nosso gerente de produção e nos pareceu que a conversa não estava nem um pouco amigável.
Lá pelas tantas e no auge da altercação ouvimos, perplexos, o extravasamento de cólera vindo da referida sala.
Disse o Gerente Geral:
----Aqui nessa empresa, eu não admito que nenhum"filho da puta" venha questionar minhas ordens.
O"filho da puta" ressoou com um eco retumbante, empregnando o ambiente de mau estar.
Para disfarçar, propus aos visitantes uma visita ás nossas instalações.
Na volta, já com os ânimos acalmados, fizemos as apresentações e a reunião seguiu sem atropelos.
Na volta, já no carro, um dos executivos comentou que aquele "filho da puta" tão perimptório e agressivo foi um aviso para que as reinvidicações e reclamações programadas fossem minimizadas.
Quase sempre o acaso vem no momento mais adequado, a salvar situações que aparentemente iriam se tornar problemáticas.
"Viva o acaso e o filho da puta".

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