sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Causos Corporativos


"O Homem do Malote" -
Na década de 80 a comunicação inter-companhia era ainda precária - começava-se de forma insipiente a conviver com a "modernidade" dos computadores e nem se pensava em telefone celular.
Portanto a interação fábrica/escritório de vendas era feito por telefone convencional e/ou malotes.

Havia uma unidade de várias fábricas diferenciadas concentradas em uma cidade próxima de São Paulo. A unidade fabricante de matéria prima por estar situada fora da sede central, em cidade um pouco mais distante da capital, tinha uma rotatividade de malotes mais espaçada e quem fazia essa função era um senhor com fortes características da sua região de origem - era um caipira nato, e para completar um contador de lorotas a consubstanciar suas supostas conquistas amorosas.
Virou motivo de gozação.
Em certo momento de intervalo, tomando café, eu esse senhor e mais um vendedor, aproveitamos para iniciar uma brincadeira com ele. Sabendo da sua fama de "conquistador", iniciamos um diálogo que era do seu interesse, ou seja, uma pílula "mágica" (anterior ao Viagra, evidentemente) que propiciava uma grande e prolongada ereção. Ele prestou muita atenção na conversa e se mostrou interessado nos detalhes. O amigo presente, inclusive detalhou um encontro com uma linda mulher cobiçada a muito tempo, que se apoixonou rendendo-se à sua performance sexual. Agradeceu a minha indicação e disse que estava me devendo um favor. Pedi a ele sigilo, pois o nome dessa pílula era, para mim, um grande trunfo. Evidentemente era tudo um grande teatro a testar a ingenuidade do nosso "caipira".
Passaram-se alguns dias e esse senhor, me chamando reservadamente para um canto, pediu que eu abrisse uma exceção e lhe desse o nome da famosa pílula, pois tinha programado um encontro especial. Relutei dramaticamente e depois me rendi ao seu pedido emocionado:
----Por favor, esse encontro é muito importante para mim!!
OK disse-lhe dessa vez você ganhou - o nome da pílula é ....
Na verdade essa pílula era receitada para favorecer e provocar desarranjos intestinais.
Passou-se mais algum tempo e notou-se que esse senhor não aparecia mais no escritório. A secretária finalmente informou quer o nosso amigo estava doente - com uma terrível e incontrolada "caganeira".


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