quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

CAUSOS CORPORATIVOS --



"Rosa da Fonseca - Anna Neri
Para quem se lembra, esses nomes eram navios de turismo que percorriam rotas de pequenas e médias distancias sempre ligando grandes centros a alvos turísticos de grande relevância e sempre em datas que englobavam feriados de no máximo 5 dias - Páscoa, Finados e outros.
Era um assíduo frequentador desses passeios, junto com amigos. Conhecia-se muitas pessoas, iniciavam-se amizades fortuitas e convivia-se com ambiente mágico de bordo, participando de festas e esportes em pleno mar
Uma vez, embarcado em um desses navios presenciei e convivi com um fato inusitado e para os descrentes absolutamente improvável e para os mais radicais, mentiroso.
Depois de uma festa de "arromba" em que se bebeu muito - era sábado e a noite estava iluminada por uma lua enorme e absolutamente bela.
No dia seguinte, quando do café da manhã, correu um "zum-zum-zum" preocupante. Dizia que um rapaz que fazia parte de um grupo conhecido havia sumido. Seu nome era Dudu e realmente se tornou uma figura obrigatória e querida de todos.
A rota era Santos-guaraparí, passando pelo Rio de Janeiro.
Esse incidente aconteceu na noite de saída do Rio, em busca do litoral d Espirito Santo.
As horas passavam e nada de encontrarem o Dudu. Lá pelas tantas fomos informados que o comandante havia recebido um telefonema da guarda costeira no intuito de confirmar se um rapaz com as características do Dudu era realmente passageiro do navio.
Diziam que ele fora entrgue às autoridades por uma embarcação cargueira com bandeira Sérvia e que ele estava completamente nú e bastante desorientado.
Com a burocracia satisfeita ficamos todos ansiosos para atrcar em VItória e poder resgatar o náufrago de volta.
Foi recebido como um heroi. Trazia todo o lado direito do rosto e do corpo alterado, com manchas vermelho/azuladas, consequencia natural do impacto do seu corpo conta o mar.
Contou-nos uma história que acreditamos verdadeira, porem,sem dúvida, fantástica.
Para melhor compreensão é necessário esclarecer que ele era rapaz muito alto e forte. Disse ele que na noite de sábado, completamente bebado subiu até o convés superior para , lomge dos olhares das pessoas, vomitar a vontade. Apoiou-se na grade protetora e inclinou-se ao máximo para que o vômito não respingasse no conves de baixo.
Com o movimento do navio perdeu o equilibrio e caiu, esborrajando-se de encontro às ondas.
DEntro da águae procurandorecompor-se, viu, desesperado o nosso navio seguir seu rumo, deixando-o ali, flutuando e agarrando-se à vida. Olhava para a terra e via borrões de luzes muito distantes mostrando ser impossível chegar-se à terra nadando.
Tirou toda a roupa e completamente nú começou a boiar e a seguir o instinto de sobrevivência.
Conta ele que foi boiando e rezando embaixo daquela lua exuberante viu extasiado que outro navio passava ao largo. Gritou e acenou com vigor e o navio, pasmem, parou e alertado por um tripulante solitário começou a procurar "homem ao mar". Depois de algum tempo não tendo sucesso na localização, o navio simplesmente acionou suas máquinas e partiu
Era um navio japonês.
O ânimo do Dudu ficou abaixo de zero e ele confessa tentou várias vezes o suicídio, mergulhando e forçando a ficar embaixo dagua na tentativa de desfalecer e se afogar.
Mas o instinto da vida é mais forte e ele foi recompensado, pois ao largo constatou a vinda de um outro navio em sua direção. Com o auxílio da lua grandiosa e alertados pelos gritos e acenos do Dudu, esse navio parou e com perceverança procurou e finalmente localizou o náufrago.
Retirado da água e completamente nú e sem documentos, os tripulantes brincavam que haviam resgatado o próprio Netuno.
O navio era Servio e depois de muita luta para comunicação em várias linguas e muitos gestos, chegara a um acordo e continuaram a viagem até Vitória onde entregaram seu fortuito passageiro às autoridades do porto.
História fantástica que mereceu, inclusive, uma entrevista num talk show famoso da época, onde o nosso heroi explicou novamente, cm detalhes como se safou dessa aventura.

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